Amazonas
MP requer aumento do efetivo policial em Atalaia do Norte, no Amazonas
Órgão quer que 30 dias, sejam alocados no mínimo 16 policiais militares no município

Com pouco mais de 15 mil habitantes e apenas cinco policiais em atividade, o município de Atalaia do Norte enfrenta uma realidade crítica na área da segurança público. Diante disso, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) ingressou com uma ação civil pública (ACP), solicitando a ampliação do efetivo e a melhoria da infraestrutura policial no município de tríplice fronteira.
Na ação, o MPAM requer, em caráter emergencial, um efetivo mínimo de 16 policiais militares, além de garantir estrutura administrativa adequada para o desempenho das funções de segurança pública. O pedido inclui, ainda, a reforma da unidade policial local, que atualmente apresenta condições precárias.
No conteúdo, a promotoria local ressalta que a falta de policiais prejudica diretamente o trabalho de investigação e de policiamento ostensivo, aumentando a vulnerabilidade da população.
O promotor de Justiça Dimaikon Dellon Silva do Nascimento, responsável pela ação, destacou que a Constituição Federal impõe ao Estado o dever de assegurar a segurança de todos os cidadãos. “O objetivo da medida judicial é assegurar a efetividade dos preceitos constitucionais. A segurança pública é dever do Estado, direito fundamental, e não pode ser subordinada à conveniência orçamentária ou à gestão administrativa”, afirmou o promotor.
O processo foi instaurado após a constatação de que o efetivo policial disponível é insuficiente para atender às demandas da população e para lidar com os desafios impostos pela localização estratégica de Atalaia do Norte — que faz fronteira com Peru e Colômbia. A situação, segundo a ACP, compromete a segurança dos moradores e dificulta a atuação no enfrentamento da criminalidade da região.
O caso será analisado pela Vara Única da Comarca de Atalaia do Norte, que decidirá sobre a concessão da liminar solicitada pelo Ministério Público para que as medidas sejam implementadas no prazo de 30 dias. “O Ministério Público não descansa e continuará a atuar para que a Constituição seja cumprida e o direito à segurança pública seja, de fato, garantido a todos os cidadãos”, completou o promotor.
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