Amazonas
Movimento Pardo-Mestiço reivindica acesso na banca de heteroidentificação da UFAM
O pleito do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro para ampliar o acesso de pardos e mestiços à cotas na Universidade, foi recebido pela Administração Superior da Universidade e será levado ao Conselho Universitário.
Representantes do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro foram até à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para reivindicar a inclusão de mestiços na banca de heteroidentificação da Universidade. O documento foi entregue ao reitor Silvio Puga, sexta-feira, 5/11,
Segundo a presidente do Movimento, Helderli Castro, a representação mestiça na banca viabilizará o acesso de pardos às cotas raciais na Universidade. “Fomos recebidos pelo reitor, para o qual o Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro expôs suas demandas relativas aos pardos do Estado do Amazonas, que descendem, em sua maioria, de mestiçagem de índios com brancos, os caboclos.
“Solicitamos que o movimento fizesse parte da banca de heteroidentificação; que as vagas reservadas aos pardos fossem, como dita a Lei de Cotas, separadas das vagas reservadas aos pretos; que, havendo heteroidentificação, coubesse ao Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro declarar quem é pardo ou não, considerando que o Amazonas é o Estado com o maior percentual de pardos do Brasil e o penúltimo em população preta. A classificação de pardos como negros, além de não ter fundamento na história, na classificação do IBGE, faz com que as cotas raciais, dificultem o acesso de pardos à universidade, pois a maioria dos pardos do Amazonas tem aparência de caboclo e não de preto. Falamos sobre os diversos pardos excluídos e prejudicados nas cotas raciais, apesar da escravidão dos pardos ter sido a mais longa da história do Brasil. O reitor recebeu a demanda e se comprometeu a tomar as medidas necessárias a contemplar o pleito”, declarou a presidente.
Portaria
O reitor, professor Sylvio Puga afirmou que, nas próximas semanas, será publicada Portaria no sentido de atender a solicitação, a qual também será levada ao Conselho Universitário (Consuni). “Fico muito feliz de receber os representantes do Movimento Mestiço e de a Ufam estar mais próxima desses movimentos. Nas próximas semanas, a portaria com a inclusão de nomes sugeridos pela banca deve ser publicada. O objetivo é garantir equidade e inclusão em todos os processos que abordem a heteroidentidade”, declarou o reitor.
Participação mais ampla
O pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, destaca que a Ufam, ao receber o Movimento Nação Mestiça, amplia a participação de defensores dos interesses de diferentes segmentos pela igualdade racial. “É uma felicidade para a Ufam receber o Movimento Nação Mestiça. A pessoa parda representa a miscigenação brasileira que, no Amazonas é uma mistura de caboclos, índios, brancos e pretos”, afirmou.
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