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Amazonas

Monte Horebe: vice-governador do Amazonas cobra de Wilson Lima programa habitacional

Em post nas redes sociais, vice-governador disse que pagamento de auxílio-aluguel mascara problema dos comunitários da falta de habitação

Mais de duas mil famílias foram retiradas do Monte Hoerebe – Foto : Orlando Jr. /Secom

O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (PSDB), manifestou preocupação com o pagamento, pelo governo do Estado, da 18ª parcela do auxílio moradia a duas mil famílias retiradas da comunidade Monte Horebe, na zona norte de Manaus. Segundo ele, a medida acoberta o problema social e ignora projeto criado por ele para construção de habitação para as famílias, antes do rompimento com o governador Wilson Lima, que beneficiaria os ex-moradores.

“Para as famílias do Monte Horebe, o aluguel social completa um ano de uma resolução insuficiente. A prorrogação das parcelas não resolve o problema, apenas mascara uma situação para a qual já apresentei solução junto ao governo, que se mostra incompetente”, disse Carlos Almeida, no Twitter.

De acordo com o vice-governador, o plano habitacional, que segundo ele, está pronto para ser colocado em execução, resolveria o quadro social-habitacional dos ex-moradores do Monte Horebe. Ele disse que o atual Governo do Estado ignora o projeto “pensado e escrito” pelo vice.

“Se executado de forma correta, visando a autonomia dos moradores, o aluguel social deveria representar o primeiro passo de um plano que resolveria a questão da habitação de mais de duas mil famílias, na estrutura do problema. Como fazer isso? Por meio de parcerias e uma nova política habitacional para o estado do Amazonas. Ainda em 2020, ao romper com a atual gestão, entreguei um plano completo que inclui o auxílio moradia apenas como um pontapé inicial”, declarou Carlos Almeida, questionado o motivo de “não conseguirem prosseguir com os próximos passos?”, completou.

Segundo o vice Carlos Almeida, as pessoas foram cadastradas com auxílio-moradia para que se fosse realizado um cruzamento de informações sobre a situação de cada morador do antigo Monte Horebe. “Para que a partir daí fosse entreguem moradias definitivas. O plano contemplava obviamente não a manutenção de forma indefinida do pagamento do aluguel social que é uma solução de moradia, sim, mas as famílias de lá estão aguardando até hoje qual a solução do estado para aquele problema. Foi determinado que houvesse um levantamento de todos as habitações e loteamentos que o estado possuiria que não estavam ocupados”, explicou Carlos.

“Existiam diversos que precisam de ocupação dentre os quais dentro do próprio (residencial) Viver Melhor. A ocupação dessas pessoas deveriam ter sido encaminhadas ao longo deste um ano fazendo com que a obrigação do estado se encerrasse com a entrega de novas moradias. O estado nada disso fez. As famílias vivem essa insegurança achando que qualquer hora o valor (auxílio) pode acabar”, finalizou Carlos Almeida.

Auxílio

Na terça (10/08) e na quarta-feira (11/08), o governo pagou o auxílio-moradia . A ação assegura o aluguel para 2.202 famílias retiradas do Monte Horebe. Segundo o governo, foram disponibilizados R$ 1.321.200 para o pagamento do mês de agosto. Em março de 2020, o governador Wilson Lima autorizou a retirada de mais de duas mil famílias que ergueram barracos na comunidade Monte Horebe.


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