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Amazonas

Ministro reafirma que vai ampliar redução do IPI que prejudica a Zona Franca de Manaus

“Já reduzimos IPI em 25% e vamos reduzir de novo, levando para 33%. Vamos reindustrializar o país. Baixar impostos não acontece há 40 anos e nós estamos baixando“, disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou que o aumento da arrecadação federal vai permitir que o governo reduza, novamente o Imposto sobre Produtos Importados (IPI). Após redução de 25% anunciada no mês passado, a queda do IPI deve ser ampliada para 33%.

No último dia 9 de março, após um encontro com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse ter recebido a garantia de que o decreto de redução do IPI seria reeditado para retirar produtos produzidos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

Assinada por Bolsonaro na véspera do Carnaval, a primeira redução de IPI foi repudiada pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). Em nota, a entidade apontou o que considera uma contradição no que havia sido sinalizado pelo próprio governo federal.

“[A medida] reduz o apelo da produção local e torna mais vantajosa a produção em outras Unidades da Federação que não possuem as dificuldades logísticas e peculiaridades do Amazonas”, argumentou a Fieam.

“Já reduzimos IPI em 25% e vamos reduzir de novo, levando para 33%. Vamos reindustrializar o país. Baixar impostos não acontece há 40 anos e nós estamos baixando“, disse durante em evento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), nesta quinta-feira (24/03).

O ministro também comentou sobre a decisão do Banco Central de subir os juros básicos da economia, hoje em 11,75% ao ano, para combater a inflação. Segundo ele, o Brasil será o primeiro a derrubar a inflação por ter começado o movimento de alta dos juros primeiro.

“Agora temporariamente, como estamos combatendo a inflação, estamos experimentando e esse gosto amargo desse tipo de política de aperto monetário. Os bancos centrais dormiram no volante, o nosso acordou primeiro”, comentou.

Para Guedes, a previsão de avanço da atividade econômica, ainda que pequeno, em meio aos juros mais altos indica que o país já tem um crescimento sustentável.

“Se o Brasil vai crescer 1% com juros reais mais altos dos últimos anos, isso quer dizer que já tem um crescimento sustentável de 2,5% ou 3%. No pior momento, que tem que dar choque de juros, esse crescimento vira 1%. Se nosso crescimento fosse zero, estivéssemos estagnados, quando desse choque e sobe juros, teríamos uma recessão de – 1%, -0,5%”, explicou.

Em fevereiro, o IPI foi reduzido em 25% para a maioria dos produtos, com o objetivo de estimular a economia. A estimativa é que, com a medida, o governo deixe de arrecadar R$ 19,5 bilhões somente este ano.

O IPI incide sobre os produtos industrializados, e o valor costuma ser repassado ao consumidor no preço final das mercadorias. O imposto possui várias alíquotas, que variam, em sua maior parte, de zero a 30%, mas que podem chegar a 300% no caso de produtos nocivos à saúde.


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