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Amazonas

Ministério Público Federal diz que errou sobre número de mortes por H1N1 no Amazonas em 2020

Instituição instaurou inquérito civil apurar as medidas tomadas para controle do surto de H1N1 no Estado do Amazonas

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota, na tarde desta segunda-feira, para informar que errou e que “é equivocada a informação de que foram registradas 20 mortes pelo vírus H1N1 no Amazonas em 2020, conforme divulgado na Portaria nº 67, de 3 de março deste ano, publicada na edição de hoje (9) do Diário Eletrônico do MPF” e noticiada pelo 18horas.com.br.

De acordo com o MPF, o equívoco ocorreu em relação a dados repassados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) ao MPF em agosto de 2019. Na ocasião, a FVS informou número de mortes ocorridas ao longo do ano de 2019 até aquele momento, causadas por H1N1 e pelo Vírus Sincicial (VSR). “Essa informação foi erroneamente atribuída ao ano de 2020”, diz a nota do MPF.

Confira aqui a retificação da portaria na íntegra.

Segundo o MPF, a portaria publicada nesta segunda-feira (9) instaura inquérito civil para “apurar as medidas tomadas para controle do surto de H1N1 no Estado do Amazonas, ocorrido no ano de 2019”. Na época, diz a nota, o MPF passou a acompanhar a questão por meio de procedimento preparatório e, em março de 2020, decidiu convertê-lo em inquérito civil diante de novos dados apresentados pela FVS em fevereiro deste ano.

O MPF diz que, de acordo com a Fundação, em 2019, houve aumento de 680% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 35 municípios amazonenses em relação a 2018 e que, na portaria de retificação, o MPF também ressalta que os casos suspeitos de coronavírus no Amazonas reforçam a necessidade da continuidade da apuração de casos de H1N1 no estado.

O MPF diz que segue apurando a questão por meio do inquérito civil.

Mais cedo, em nota, a  Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que não há casos de mortes no Amazonas em decorrência de H1N1 (Influenza A) em 2020. Neste ano, os três óbitos registrados no Estado foram por Influenza B, e não Influenza A.

Segundo a Susam, desde novembro de 2019, o Amazonas vem se preparando e intensificando as ações em função da Síndrome Respiratória Aguda Grave que costuma aumentar no período de chuva, destacando que  a rede de saúde se encontra abastecida com o antiviral indicado para o tratamento da influenza e que notas técnicas com recomendações têm sido encaminhadas para todas as unidades da rede pública e privada da capital e também do interior sobre as síndromes respiratórias.

A nota da Susam diz que a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) também monitora semanalmente a circulação dos vírus respiratórios em Manaus, o que permite a intensificação das ações de prevenção.

Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pela FVS, foram notificados, até o momento, 253 casos de SRAG, sendo 224 apenas na capital amazonense. Destes, foram confirmados 49 casos por vírus respiratórios, sendo identificados 21 casos provocados por Adenovírus, 15 casos de Influenza B, seis para Vírus Sincicial Respiratório (VRS), quatro por Influenza A (H1N1), dois para Metapneumovírus e dois para Parainfluenza 1.

No total, foram registrados, a partir de novembro, 31 óbitos por SRAG. Desses, nove foram por vírus respiratórios e 22 por outras síndromes respiratórias não virais. Os nove óbitos por vírus respiratórios foram de pessoas residentes em Manaus, 4 Adenovírus, 3 por Influenza B, 1 Vírus Sincicial Respiratório (VRS) e 1 Metapenumovírus.

 


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