Amazonas
Medição do Porto de Manaus nesta quinta-feira (16/11) aponta que rio Negro baixou mais 5 centímetros nas últimas 48 horas
A estiagem no Amazonas, considerada a pior da história, levou 60 municípios do estado a decretarem situação de emergência.
O nível do rio Negro baixou mais 5 centímetros desde a terça-feira (14/11) e alcançou a cota de 12,96 metros, nesta quinta-feira (16/11) após o feriado da Proclamação da República. Foram3 centímetros no dia 15 e 2 centímetros hoje, de acordo com a medição do Porto de Manaus. Em 27 de outubro, o rio alcançou sua cota mais baixa já registrada, de 12,70 metros. Em outubro, nesta mesma data, o rio havia subido 8 centímetros e a cota era de 18,18 metros, ou 5,22 metros mais alta.
A estiagem no Amazonas, considerada a pior da história, levou 60 municípios do estado a decretarem situação de emergência e fez com que comunidades ribeirinhas ficassem ilhadas, já que os rios são as principais vias de transporte para o interior do estado e, com nível baixo, os barcos grandes não conseguem as condições mínimas de navegação.
Este ano, o Rio Negro, atingiu o menor nível em 121 anos, quando as medições começaram a ser realizadas, em 1902. O menor registro desde então tinha sido captado em 24 de outubro de 2010.
O Serviço Geológico do Brasil alerta que os impactos da seca devem ser sentidos até o próximo ano. “Os níveis dos rios muito baixos e consequentemente suas vazões reduzidas tem potencial de gerar diversos impactos na região, por exemplo sobre: abastecimento; navegação; estabilidade geológica local, em razão dos fenômenos de terras caídas ocasionados pela diminuição muito rápida dos níveis de águas; e processos ecológicos, levando à mortandade de peixes em razão do reduzido espaço para circulação, elevação da carga orgânica e também das temperaturas das águas”, diz a empresa governamental, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Ainda segundo o órgão, esses impactos afetam diretamente as populações ribeirinhas e a economia regional.
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