Amazonas
Marinha restringe navegação durante a noite em rios do Amazonas no período da estiagem
De acordo com a Portaria, as embarcações devem trafegar apenas de dia e quando a profundidade local, em metros, atinja o valor menor ou igual a 1,5 vezes o calado do navio.
A Marinha do Brasil divulgou Portaria para recomendar a suspensão da navegação noturna em trechos críticos dos rios Amazonas e Solimões no período de estiagem. O documento foi publicado na sexta-feira (18) pela Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.
De acordo com a Portaria, as embarcações devem trafegar apenas de dia e quando a profundidade local, em metros, atinja o valor menor ou igual a 1,5 vezes o calado do navio. O calado é a distância vertical entre a parte inferior da quilha e a linha de flutuação de uma embarcação.
“Recomenda-se que a navegação seja realizada com a mínima velocidade que garanta manobrabilidade à embarcação”, diz trecho da nota.
A Marinha menciona dois pontos críticos no Rio Amazonas: a passagem do Tabocal, na região de Urucurituba, e a enseada (foz) do Rio Madeira, em Itacoatiara. No Rio Solimões, a instituição cobra “especial atenção” na enseada do Rio Purus.
Os pontos são conhecidos por empresas de navegação. Todos os anos, a estiagem ameaça a cabotagem, pois é necessário diminuir o volume de carga. A região sofre economicamente com a distribuição de produtos.
A seca dos rios nesta época do ano causa o surgimento de bancos de areia. Troncos costumam se soltar do fundo e margem dos rios e representam risco à navegação.
Quando o rio está em seu volume normal ou cheio, as embarcações podem passar em linha reta com uma velocidade maior. Com os canais mais fundos que surgem durante a seca, o percurso é feito em zigue-zague, o que exige uma perícia maior dos capitães e amplia o tempo da viagem.
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