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Amazonas

Lotação: presídios do AM registram taxa de ocupação acima da taxa média nacional, aponta CNJ

No País, dentre os 1.836 estabelecimentos inspecionados nos últimos três meses, foi identificada taxa de ocupação de 150,3%,

Levantamento do CNJ apontou denuncia de tortura a pessoas presas, no Amazonas. (Foto:TJAM)

Várias unidades prisionais do Amazonas estão com a taxa de ocupação acima da taxa média nacional, que é de 150,3%, de acordo com dados da plataforma Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reúne informações sobre o sistema prisional brasileiro.

De acordo com a plataforma, dentre os 1.836 estabelecimentos inspecionados nos últimos três meses, foi identificada taxa de ocupação de 150,3%, com excedente sobre a capacidade de 242.891: são 483.258 vagas para 726.149 pessoas privadas de liberdade.

A Unidade Prisional do Puraquequara, em Manaus, tem 1.040 presos para 621 vagas, ou 167% de excedente.
O Centro de Detenção Provisória I de Manaus (CDP I) tem 1.271 presos em 766 vagas, 165,9% de excedente.
O CDP de Manaus II abriga 1.033 pessoas em 667 vagas, com excedente de 154,9%.

O Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em regime fechado, abriga 947 presos para 878 vagas, com excedente de 108%.

No interior do Estado, em Coari, há 168 presos para 116 vagas; em Itacoatiara, são 149 presos para 144 vagas; e, em Tefé, são 227 para 125 vagas. A 78ª Delegacia de Codajás, tem 22 presos em 8 vagas.

O coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF), Luís Lanfredi, enfatiza o caráter público da plataforma. “Com o novo Geopresídios, o CNJ reforça o papel do Poder Judiciário como produtor de informação pública qualificada sobre o sistema prisional brasileiro. A atualização amplia a utilidade dos dados para gestores, pesquisadores, jornalistas e sociedade civil, fortalecendo o compromisso institucional com a transparência, a evidência e os direitos humanos”, contextualizou.

O novo Geopresídios está alinhado às ações do Programa Pena Justa, com destaque ao apoio à frente de habitabilidade prisional, a partir dos mutirões de habitabilidade. O desenvolvimento e a qualificação do Geopresídios e do Cniep têm o apoio técnico do programa Fazendo Justiça, executado pelo CNJ em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).


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