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Amazonas

Letalidade: risco de paciente de covid-19 morrer é 2,7 vezes maior em Manaus que no interior

Manaus tem o dobro da mortalidade por covid-19 que o interior do Estado (óbitos por 100 mil habitantes). A cidade tem uma mortalidade de 266,13, contra 132,78 do interior do Estado, que tem média de 203,01.

A letalidade da covid-19 em Manaus, de 4,75%, é 2,6 vezes maior do que a do interior do Estado, de 1,75%, segundo o boletim com os números da pandemia no Estado divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), na última terça-feira (02/02). A letalidade é a relação entre o número de pessoas infectadas pelo vírus e o número de mortos decorrentes da doença. A média da letalidade no Amazonas é de 3,1%.

Manaus tem o dobro da mortalidade por covid-19 que o interior do Estado (óbitos por 100 mil habitantes). A cidade tem uma mortalidade de 266,13, contra 132,78 do interior do Estado, que tem média de 203,01.

Até segunda-feira, o Amazonas somava 271.177 casos confirmados da doença, sendo 122.230 (45,07%) em Manaus (5.809 mortes) e 148.947 (54,93%) no interior (2.605 mortes).

No Amazonas, o município do interior do Etado com maior letalidade da doença é Itacoatiara (4,00%), seguido de Manacapuru (3,94%), Tabatinga (3,67%), Borba (3,10%) e Tonantins (3,06%).

Mundo

Com mais de 225 mil mortes por covid-19 o Brasil é um dos países mais mortíferos da pandemia em todo o mundo, se levadas em conta a composição demográfica e etária brasileira. Na prática, o risco de um morador do Brasil ter morrido de covid-19 em 2020 foi quase quatro vezes maior do que no resto do mundo, em média.

As conclusões são de um trabalho ainda em andamento do economista Marcos Hecksher, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo seus cálculos, cedidos à BBC News Brasil, 169 países de um total de 178 (ou seja, 95%) tiveram uma taxa menor do que a do Brasil em mortes por covid-19, quando comparam-se não só os números absolutos, mas o tamanho da população e os óbitos em cada faixa etária.

Isso quer dizer que, caso em todos esses países os cidadãos tivessem morrido na mesma proporção, por sexo e por idade, em que morreram no Brasil, só nove deles estariam em uma situação pior do que a brasileira.

Hecksher calculou que, se os demais países do mundo tivessem, com as suas respectivas pirâmides populacionais e divisões por sexo, repetido o padrão brasileiro de mortes em cada faixa etária e sexo, apenas nove deles teriam uma taxa de mortalidade superior à do Brasil.

São eles: Peru, México, Belize, Bolívia, Equador, Colômbia e — o único não-latino americano da lista — Irã.


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