Amazonas
Juíza dá prazo ao Governo do AM para apresentar plano de fornecimento de oxigênio, diz site
Plano do governo estadual que preveja medidas para manter o fornecimento do insumo e que permita antecipar alterações conforme o cenário da pandemia.
A juíza federal Jaiza Fraxe, da 1ª Vara Federal Cível do Amazonas, deu três dias para que o Governo do Amazonas apresente um plano técnico de abastecimento de oxigênio que alcance todo o estado. A decisão, proferida nesta segunda-feira, 15, atende pedido do MPF (Ministério Público Federal). As informações são do site Amazonas Atual.
O MPF solicitou um plano do governo estadual que preveja medidas para manter o fornecimento do insumo e que permita antecipar alterações conforme o cenário da pandemia.
Na decisão, Fraxe afirmou que “é possível que haja algum plano já elaborado” pela Secretaria de Saúde do Amazonas, pois existe uma comissão de fiscalização e controle “atuando de forma séria e responsável”.
De acordo com o MPF, o plano técnico de abastecimento de oxigênio deve prever “as medidas necessárias para manter o regular fornecimento do insumo a todas as localidades amazonenses e para corrigir problemas como a manutenção dos equipamentos de usinas”.
O MPF pede acesso às informações sobre o consumo médio e individual de oxigênio de um adulto internado com Covid-19 em leito clínico e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e a lista do Sister (Sistema de Transferência de Emergência Regulada) para acompanhar a “lisura das transferências de leitos”.
Mortes
A falta de oxigênio medicinal em Manaus, que provocou a morte de vários pacientes de covid-19 e obrigou a remoção de dezenas para outros Estados, chocou o Brasil e outros países ao mostrar pessoas morrendo por asfixia no meio da floresta que produz oxigênio em abundância.
A crise do gás chegou às manchetes no dia 14 de janeiro desse ano, mas já era do conhecimento dos governos federal e estadual e da empresa responsável pelo fornecimento ao Estado dias antes de eclodir. O resultado trágico revelou falta de coordenação e decisões erradas de autoridades que menosprezaram o perigo da pandemia e de uma nova cepa do vírus, mais transmissível, em circulação na capital manauara, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
Manaus foi a 1ª capital brasileira fortemente afetada pelo coronavírus, em abril e maio de 2020, quando a cidade enfrentou explosão de casos, superlotação de hospitais, e cemitérios abrindo valas comuns para enterrar as vítimas da doença. A partir de junho, o número de casos caiu, mas voltou a subir em setembro e se acelerou em dezembro.
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