Amazonas
Juiz alega ‘muitas mortes’ ao pedir reforço para eleições em Manaus, informa site
O requerimento requisita presença dos agentes das forças federais, conforme prevê as regras eleitorais.
O juiz eleitoral Rafael Rodrigo da Silva Raposo, que preside as eleições em Manaus, alegou muitas mortes e poucos policiais para pedir reforço federal para o pleito na capital amazonense neste ano. De acordo com informaçoes do site Amazonas Atual, o pedido foi enviado nesta sexta-feira (19) ao presidente do TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas), desembargador João Simões.
Na justificativa do pedido, Rafael Raposo aponta três motivos: “Expressivo aumento do número de homicídios e crimes na localidade; redução no quantitativo de policiais civis; reduzido efetivo de policiais militares”.
O requerimento será enviado por João Simões ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que será responsável por requisitar os agentes das forças federais, conforme prevê as regras eleitorais.
No documento, Rafael Raposo afirmou que os locais de votação em Manaus “abrangem bairros que sofrem por conta das ameaças de criminosos e pela presença de representantes de facções criminosas”. Ele citou o Comando Vermelho, o Primeiro Comando da Capital, a Família do Norte e o Cartel do Norte.
O juiz afirmou que esses grupos impõe forças e amedrontam a população, “disputando o controle em Manaus e com sérios riscos de danos ao processo de votação”.
Ainda de acordo com Rafael Raposo, notícias veiculadas na mídia apontam que Manaus é a terceira capital mais violenta do Brasil, com a maior taxa de homicídios estimados a cada 100 mil habitantes,” cujo alto número está associado a uma série de fenômenos, como os crimes ambientais, disputas territoriais e de facções”.
Leia mais: Com alta taxa de homicídios, Manaus é a 3ª cidade mais violenta do Brasil
Sobre a Polícia Civil do Amazonas, o juiz afirmou que há “grande déficit de pessoal, ante a redução de efetivo e a baixa possibilidade de que ele seja reposto”. Em relação à Polícia Militar, Rafael afirmou que o contingente está defasado, conforme informações divulgadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas.
“No tocante à Polícia Militar, segundo informação noticiada no sítio da Assembleia Legislativa, em 16/4/2024, o contingente policial precisa acompanhar o crescimento populacional, e dados da série histórica do censo populacional, por Estado e cidades, comprovam a defasagem no Amazonas”, afirmou Raposo.
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