Amazonas
Invasão do garimpo no rio Madeira: “todos os órgãos falharam”, diz deputado estadual do Amazonas
“Claro que o braço forte do estado terá que estar presente, mas não apenas isso. Tem que ver qual a solução de vida que será dada para essas pessoas”, disse. Serafim Corrêa.
“Lamentavelmente as autoridades brasileiras, e aí estou falando do Estado Brasileiro, valendo para Governo Federal, Governo Estadual, Governo Municipal, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, enfim, todos os órgãos de controle falharam”. A declaração foi dada pelo deputado estadual do Amazonas Serafim Corrêa, ao avaliar a invasão centenas de balsas de dragagem operadas por garimpeiros numa corrida por ouro no rio Madeira.
Segundo ele, a invasão “é o reflexo da política equivocada do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, validada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
“A partir de 2019 assume o Governo Federal o atual presidente e o Ministério do Meio Ambiente foi ser chefiado por Ricardo Sales, que foi e é um desastre para o Brasil, e todos estão lembrados da reunião de 22 de abril onde ele disse para o governo aproveitar a pandemia e deixar a boiada passar. Aí está o resultado da política equivocada do Sr. Ricardo Salles. Deixar a boiada passar significou deixar os rios da Amazônia sem qualquer fiscalização. Portanto, isso daí é o resultado da ausência do Estado Brasileiro, no sentido mais amplo. Mais uma vez o Brasil sai muito mal na foto”, disse Serafim.
O deputado disse que as imagens que ganharam repercussão internacional, onde balsas aparecem amarradas juntas em filas quase atravessando a largura do Rio Madeira “retratam o desastre ambiental que foi cantado em prosa e verso há algum tempo”.
Ele lembrou que, Nesta semana, destaca Serafim, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou que a invasão de garimpeiros ao rio Madeira possui ligação com o narcotráfico. ““Então não temos como dizer se isso é fato ou não, mas partindo do vice-presidente, entendo que ele tem as suas fontes e que são fontes muito mais amplas que as de um deputado estadual”, declarou.
Serafim fez um apelo às autoridades brasileiras, principalmente às autoridades federais, para que reflitam sobre a omissão de quase três anos do sistema de defesa da Amazônia. Para ele, agora a ação tem que ser política, tem que ser integrada, ela não pode ser só uma ação de repressão. “Claro que o braço forte do estado terá que estar presente, mas não apenas isso. Tem que ver qual a solução de vida que será dada para essas pessoas”, disse.
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