Amazonas
INPA, em Manaus, está incluído nos US$ 2 mi anunciados pelo BID para apoio à pesquisa na Amazônia
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) integra a Rede Amazônica para Pesquisa e Inovação em Biodiversidade, composta por oito institutos apoiados pelo BID.
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Godfajn, lançou em Manaus, nesta quarta-feira (12/6), a Rede Amazônica para Pesquisa e Inovação em Biodiversidade, composta por sete institutos, entre eles o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). A organização recém-lançada receberá US$ 2 milhões do banco para desenvolver projetos de conservação e no desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia no Brasil e em outros países que abrigam a floresta.
A rede faz parte do programa Amazônia Sempre, criado no ano passado e assinado por governos do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
De acordo com o BID, os recursos são iniciais, a fundo perdido, para ajudar a rede a se estabelecer e a organizar os temas e os projetos que serão eleitos. Depois, quando os projetos estiverem definidos, o BID entrará com o financiamento.
“Já descobrimos que apenas tentar financiar os projetos não é suficiente, temos de ajudar a capacitar, a gerar o projeto e quando estiver pronto, daí se pode emprestar”, disse em conversas com jornalistas durante visita ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus.
O presidente do BID ressaltou ser fundamental que essas pesquisas possam trazer resultado do ponto de vista de negócios à região e oportunidade de trabalho a população. “Essa rede vai trazer conhecimento e incentivar projetos de inovação e biodiversidade para preservar a floresta e melhorar as condições de vida das populações”, disse.
Segundo ele, sustentabilidade não é focar no desmatamento e não incorporar as comunidades e as pessoas. “Sustentabilidade ambiental está relacionada com a qualidade de vida das pessoas”, afirmou.
O programa Amazônia Sempre envolve um conjunto de redes de municípios, estados brasileiros, dos países amazônicos, de pesquisa, rede de bancos públicos e bancos privados. “O BID é a ponte entre a região e o resto do mundo, trazendo recursos e coordenando para a região”, afirmou.
Os trabalhos para dar início às discussões sobre os projetos começam amanhã. O presidente do BID e os jornalistas visitaram o Bosque da Ciência, dentro do INPA, onde estão vários filhotes de peixes boi, espécie da região e em extinção, que perderam suas mães durante pesca clandestina.
Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade
As instituições de pesquisa e inovação do Brasil, Colômbia, Equador e Peru se uniram para criar a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade, um instrumento regional que busca integrar e fortalecer as capacidades de seus institutos membros, promover a geração e o intercâmbio de conhecimento na conservação e no uso sustentável da biodiversidade, e estimular o desenvolvimento e transferência de soluções e tecnologias inovadoras para a bioeconomia amazônica.
A Rede conta com o apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é formada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Museu Paraense Emilio Goeldi do Brasil, o Instituto Humboldt e o Instituto SINCHI da Colômbia, o Instituto Nacional de Biodiversidade (INABIO) do Equador e o Instituto de Pesquisa da Amazônia Peruana (IIAP) do Peru.
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