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Amazonas

Infectologista da gestão de Mandetta defende que Manaus imponha “lockdown”

Para Julio Croda, endurecimento das medidas de restrição de circulação é necessário em Manaus e Fortaleza pela falta de leitos hospitalares

O infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda sugeriu que Manaus e Fortaleza adotem o isolamento máximo (“lockdown”), devido à grave situação da pandemia do novo coronavírus.

Croda, que dirigiu o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, falou sobre a situação das duas cidades ao portal G1.

Manaus, que já vive um colapso nos sistemas de saúde e funerário em função da pandemia, está com aulas e serviços não essenciais suspensos. O “lockdown” levaria à proibição total de circulação de pessoas.

O infectologista defende que as medidas de combate à Covid-19 devem ser adotadas de acordo com a situação de cada microrregião, considerando a população, leitos e profissionais de saúde disponíveis. “Eu recomendaria o lockdown para Manaus e Fortaleza porque, se você não tem capacidade de ter mais leitos, tem que aumentar as medidas de isolamento – e aumentar o que a gente já tem é lockdown”, afirmou.

Dos 4.337 casos confirmados de novo coronavírus no Amazonas, 2.899 são de moradores de Manaus. Na capital também estão concentradas 274 das 351 mortes oficialmente associadas à Covid-19 no Estado.

No entanto, o número de sepultamentos realizados nos últimos dias em Manaus sugere uma subnotificação dos óbitos. Os enterros saltaram de uma média diária de 40 para mais de 100, segundo dados da Prefeitura.


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