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Amazonas

IBGE: Taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos no Amazonas cresce 3,2 pontos; analfabetismo fica em 6,9%

Em Manaus, de acordo com a pesquisa, 97,02% das pessoas com 15 anos ou mais são alfabetizadas, diante do total de 1.531.201 incluídas no levantamento. Os indicadores referem-se aos últimos 12 anos.

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que nos últimos 12 anos a taxa de pessoas de 15 anos ou mais de idade alfabetizadas,  no Amazonas, aumentou 3,2 ponto percentuais . Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 90,2% em 2010 para 93,1%, em 2022. Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização – Resultados do Universo apresentados hoje, 17/5.

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Na capital do Amazonas,  Manaus, de acordo com a pesquisa, 97,02% das pessoas com 15 anos ou mais são alfabetizadas, diante do total de 1.531.201 incluídas no levantamento.

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Analfabetismo

Os dados do analfabetismo apontam que no Amazonas  existem 6,9% de pessoas de 15 anos ou mais que ainda não foram alfabetizadas.

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Taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi 85,0% em 2022

No Censo 2022, definiu-se como pessoas indígena aquela que reside em localidades indígenas e se declarou pelo quesito “cor ou raça” ou pelo quesito “se considera indígena”, e, também, a pessoa que vive fora das localidades indígenas e se declarou no quesito “cor ou raça”. Por isso, o total de pessoas indígenas pode ser superior ao total de pessoas de cor ou raça indígena.

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que havia no país 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.008.539 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 178.707 não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi de 85,0% em 2022, abaixo da taxa nacional, de 93,0%. A taxa de analfabetismo dessa população foi de 15,1%, acima da taxa nacional de 7,0%.

As taxas de alfabetização mais elevadas das pessoas indígenas são encontradas no Sudeste (91,7%), Sul (89,4%) e Centro-Oeste (87,3%). As mais baixas no Nordeste (82,0%) e Norte (84,7%).

Taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu em todas as regiões e faixas etárias

De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu de 23,4% para 15,1%. Houve redução em todas as grandes regiões, sendo a queda mais expressiva observada na Região Norte (de 31,3% para 15,3%), seguida da Região Centro-Oeste (de 20,8% para 12,7%) e da Região Nordeste (de 24,4% para 18,0%). A Região Sudeste teve a menor queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas, que passou de 10,5% para 8,3%, e o Sul, a segunda menor, passando de 15,7% para 10,6%.

A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 (de 22,9% para 12,0%), 55 a 64 (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). “Isso é reflexo do investimento na educação diferenciada de crianças, jovens e adultos indígenas, no período intercensitário, e a ampliação do pertencimento étnico-indígena fora das Terras Indígenas, quando comparado com 2010”, diz Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.

Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%). A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade. A partir dos 35 anos, a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores (4,7 p.p.) para o grupo de 65 anos ou mais, o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens.

Brasil

No panorama nacional, dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 7,0%. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%.

O tema é investigado desde o primeiro Censo do país em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada.

As pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena do mesmo grupo etário tiveram taxas de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

Ou seja, as taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos, e a de indígenas é quase quatro vezes maior. No entanto, de 2010 para 2022, a diferença entre brancos e pretos caiu de 8,5 para 5,8 p.p e a vantagem também ficou menor em relação a pardos (de 7,1 p.p. para 4,3 p.p.) e indígenas (de 17,4 p.p. para 11,7 p.p).

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Todos os grupos etários tiveram queda na taxa de analfabetismo

A queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo mais jovem de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%), mas teve a maior queda em três décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, uma redução de 17,7 p.p. desde 2000 (queda de 46,7%).

Os mais e os menos alfabetizados

Em todas as classes de tamanho, os cinco municípios com menor taxa de analfabetismo são da Região Sul ou de São Paulo. Na faixa de até 10 mil habitantes os destaques são: São Joao do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios acima de 500 mil habitantes destacam-se Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2,0%).

Já as maiores taxas de analfabetismo foram encontradas na Região Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí – Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%); e na faixa de 10 mil a 50 mil habitantes – Alto Alegre/RR (36,8%), Estrela de Alagoas/Al (34,2%), Traipu/AL (32,7%), Pedro Alexandre/BA (31,9%) e Amajari/RR (31,8%).


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