Amazonas
IBGE: Produção de equipamentos com grande concentração no PIM tem recuo em julho
Frente a julho de 2022, a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos registrou recuo de 25,3%. No acumulado do ano, o recuo nesses setores soma 12,5%.
Três das atividades econômicas com forte concentração no Polo Industrial de Manaus (PIM), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, tiveram recuo de 12,1 na produção, em julho de 2023, frente a junho, na série com ajuste sazonal. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (05/09).
Frente a julho de 2022, a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos registrou recuo de 25,3%. No acumulado do ano, o recuo nesses setores soma 12,5%.
A produção industrial brasileira teve queda de 0,6% em julho na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção contraiu 1,1%, o que interrompe dois meses consecutivos de taxas positivas: 0,2% em junho e 1,9% em maio de 2023.
No ano, a indústria acumula produção de -0,4% frente a igual período de 2022, e variação nula (0,0%) no acumulado dos últimos 12 meses.
A produção industrial registra resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 52 dos 80 grupos e 57,0% dos 789 produtos pesquisados. “Vale citar que julho de 2023 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21)”, destaca o IBGE.
De acordo com o Instituto, três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção.
Em relação ao mês anterior, bens de capital (-7,4%) e bens de consumo duráveis (-4,1%) respondem pela taxas negativas mais acentuadas em julho deste ano, com ambas acumulando perda de 9,5% em dois meses consecutivos de queda na produção.
O setor de bens intermediários (-0,6%) também retraiu em julho e marcou o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 0,8%.
Por outro lado, o único avanço no mês veio de bens de consumo semi e não duráveis (1,5%), que intensificou a expansão de 0,7% verificada em junho último.
Os segmentos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), além do de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e máquinas e equipamentos (-5,0%), puxaram a retração da indústria.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,0%), de produtos de metal (-4,8%) e de produtos de borracha e de material plástico (-3,8%), diz o IBGE.
Por outro lado, entre as nove atividades com alta na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%) registram as principais altas em julho de 2023.
Sondagem
No mês de julho de 2023, a sondagem de conjuntura da indústria elétrica e eletrônica apresentou nova piora nos principais indicadores do setor.
É importante ressaltar que os últimos levantamentos realizados pela Abinee vêm mostrando abrandamento em algumas dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor, principalmente no que se refere à falta de insumos e componentes no mercado e gargalos logísticos, e, mesmo assim, os principais indicadores do setor continuam apontando resultados desfavoráveis.
Nesta última pesquisa, 26% das entrevistadas indicaram crescimento nas vendas/encomendas em relação a igual período do ano anterior. Este resultado foi 2 pontos percentuais abaixo do apontado no levantamento anterior (28%) e o menor registrado desde maio de 2020, período em que apenas 20% das empresas haviam dado essa indicação.
É importante destacar que este foi o quinto mês seguido em que as indicações de crescimento foram inferiores aos relatos de queda.
Ao comparar com junho de 2023, 28% das entrevistadas relataram crescimento nas vendas/encomendas, resultado 2 pontos percentuais abaixo dos 30% indicados na sondagem anterior.
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