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Amazonas

IBGE: atividade industrial no AM cresce 17,3% em maio, mas ainda tem taxa negativa no ano

Em maio de 2020, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas na comparação com abril, na série com ajuste sazonal.

Na passagem de abril para maio de 2020, o Amazonas teve um avanço de 17,3% na atividade industrial, mas ainda amargou uma queda de 47,3% na comparação com maio de 2019, acumulando taxa negativa de 20,7% de janeiro a maior deste ano e de 3,8% no últimos 12 meses. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas nesta quarta-feira.

Em maio de 2020, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. Os maiores avanços foram no Paraná (24,1%), em Pernambuco (20,5%) e no Amazonas (17,3%). Na região Nordeste (12,7%) e nos estados do Rio Grande do Sul (13,3%), São Paulo (10,6%) e Bahia (7,6%) também houve crescimento acima da média nacional (7,0%). O Espírito Santo (-7,8%) apontou o recuo mais elevado. As demais taxas negativas ficaram por conta do Ceará (-0,8%)e do Pará (-0,8%). As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.

No crescimento de 7,0% da atividade industrial nacional na passagem de abril para maio de 2020, na série livre de influências sazonais, 12 dos 15 locais pesquisados alcançaram taxas positivas. O comportamento reflete, principalmente, o retorno à produção (mesmo que parcialmente) de unidades produtivas, após as interrupções geradas por efeito da pandemia de Covid-19.

Paraná (24,1%) e Pernambuco (20,5%) tiveram o crescimento mais acentuado, após acumularem recuos de 31,8% e 25,4% (respectivamente) nos meses de março e abril, seguidos pelo Amazonas (17,3%), que interrompeu três meses de taxas negativas consecutivas em que acumulou redução de 53,4%. Rio Grande do Sul (13,3%), região Nordeste (12,7%), São Paulo (10,6%) e Bahia (7,6%) também mostraram avanços mais intensos do que a média nacional (7,0%). Já Minas Gerais (6,3%), Santa Catarina (5,4%), Rio de Janeiro (5,2%), Mato Grosso (4,4%) e Goiás (3,0%) completaram o conjunto de locais com índices positivos, mas ficaram abaixo da média nacional.
Por outro lado, Espírito Santo (-7,8%) apontou o recuo mais elevado em maio de 2020, terceiro mês seguido de queda na produção, com perda de 30,9% nesse período. Ceará e Pará, ambos com redução de 0,8%, também registraram taxas negativas nesse mês.

O índice de média móvel trimestral mostrou queda de 8,0% no trimestre encerrado em maio de 2020 frente ao nível do mês anterior, após recuar 8,8% em abril último, mantendo, dessa forma, a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019. Dado o cenário de pandemia, as reduções de abril e de maio foram as mais acentuadas desde o início da série histórica.
Quatorze dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas em maio, com destaque para o Ceará (-21,0%), o Amazonas (-18,5%), o Rio Grande do Sul (-11,6%), o Espírito Santo (-11,5%), a Região Nordeste (-10,6%), Santa Catarina (-10,2%), a Bahia (-8,6%) e São Paulo (-7,3%). Por outro lado, Goiás, com expansão de 0,8%, mostrou o único resultado positivo nesse mês.

Na comparação com igual mês do ano anterior, principalmente por causa da pandemia, o setor industrial recuou 21,9% em maio de 2020, com 14 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Além do efeito-calendário negativo, já que maio de 2020 (20 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22), observa-se a clara diminuição do ritmo da produção por conta da influência dos efeitos do isolamento social. Ceará (-50,8%) e Amazonas (-47,3%) assinalaram os recuos mais intensos. Espírito Santo (-31,7%), Santa Catarina (-28,6%), Rio Grande do Sul (-27,3%), São Paulo (-23,4%) e Região Nordeste (-23,2%) também registraram perdas mais elevadas do que a média da indústria (-21,9%). E Bahia (-20,7%), Paraná (-18,1%), Minas Gerais (-15,1%), Pernambuco (-13,5%), Pará (-13,0%), Rio de Janeiro (-9,1%) e Mato Grosso (-3,4%) completaram o conjunto de locais com queda na produção nesta comparação.

Já Goiás, com avanço de 1,5%, apontou a única taxa positiva no índice mensal de maio, impulsionado, em grande parte, pelo ramo de produtos alimentícios (açúcar VHP e cristal, óleo de soja refinado e em bruto, extrato, purês e polpas de tomate, leite condensado e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja).

No acumulado do ano, frente a igual período de 2019, também marcado pela pandemia, houve redução em 13 dos 15 locais pesquisados, com destaque para o Ceará (-21,8%), o Amazonas (-20,7%) e o Espírito Santo (-18,5%). Rio Grande do Sul (-16,6%), Santa Catarina (-15,4%), São Paulo (-13,6%) e Minas Gerais (-12,1%) registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-11,2%). Paraná (-8,9%), região Nordeste (-8,8%), Bahia (-5,9%), Pernambuco (-4,7%), Mato Grosso (-3,8%) e Goiás (-0,3%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice acumulado no ano, porém com índices negativos menos acentuados que a média nacional.

Em contrapartida, Rio de Janeiro (2,8%) e Pará (0,9%) apontaram os únicos avanços no índice acumulado de janeiro a maio de 2020, impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo vindo das atividades de indústrias extrativas.

O acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar redução de 5,4% em maio de 2020, marcou o recuo mais elevado desde dezembro de 2016 (-6,4%) e permaneceu com o aumento na intensidade de perda frente aos resultados dos meses anteriores. Doze dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas negativas nesta comparação, mas 15 apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril. Ceará (de -3,1% para -7,9%), Amazonas (de 0,5% para -3,8%), Santa Catarina (de -2,6% para -6,6%), Rio Grande do Sul (de -3,7% para -7,7%), Paraná (de 1,7% para -2,0%), São Paulo (de -2,5% para -5,6%), Bahia (de -2,5% para -5,1%), Região Nordeste (de -3,5% para -5,9%), Pernambuco (de -2,5% para -4,5%) e Rio de Janeiro (de 5,1% para 3,9%) mostraram as principais perdas.

No período abril-maio de 2020, devido à pandemia, o setor industrial intensificou a queda no ritmo de produção (-24,5%) frente ao observado no primeiro trimestre de 2020 (-1,7%) e permaneceu com o comportamento negativo presente desde o último trimestre de 2018 (-1,3%) em todas as comparações contra igual período do ano anterior. Em termos regionais, 13 dos 15 locais pesquisados também assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Ceará, que passou de -1,4% nos três primeiros meses do ano para -51,8% no período abril-maio de 2020, Amazonas (de -0,8% para -50,6%), Região Nordeste (de 4,3% para -28,0%), Bahia (de 7,0% para -23,4%), Pernambuco (de 5,8% para -20,9%), Rio Grande do Sul (de -5,1% para -31,7%), Paraná (de 2,5% para -24,0%), São Paulo (de -2,5% para -27,6%), Santa Catarina (de -5,2% para -29,6%), Rio de Janeiro (de 9,9% para -7,6%) e Espírito Santo (de -12,2% para -28,4%). Por outro lado, Pará (de -1,2% para 4,4%) apontou o principal ganho entre os dois períodos.


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