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Amazonas

Grupo de Trabalho publica relatório do trecho do meio da BR-319; veja o documento na íntegra

O relatório conclui que a pavimentação da BR-319/AM, trecho do meio, “trará grandes modificações sociais e econômicas para a região.

O Ministério dos Transportes divulgou, nesta terça-feira (11/06) o relatório final do grupo de trabalho que estuda os impactos da pavimentação da BR-319. A rodovia, de aproximadamente 918 km, corta a floresta amazônica e liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). E é a única conexão terrestre da capital do Amazonas com o restante do país.

A demanda para asfaltar a via é antiga porque os trechos de terra se transformam em lama durante períodos de chuvas, o que torna o transporte na região deficitário. Contudo, a localização da rodovia na região amazônica preocupa ambientalistas.

Segundo o Observatório BR-319, os 13 municípios sob influência da rodovia correspondem por quase 1/3 dos focos de queimadas na região amazônica. Diante desse cenário, órgãos ambientais já manifestaram preocupação em relação a um desenvolvimento da via, que pode permitir um maior acesso de garimpeiros e criminosos ambientais na região.

O relatório diz que a a rodovia percorre os municípios de Borba, Beruri, Manicoré, Tapauá, Canutama e Humaitá, todos no estado do Amazonas. E que o “Trecho do Meio” possui 405,7 km de extensão. A implantação da rodovia foi iniciada em 1968 e concluída em 1973. A inauguração oficial da estrada aconteceu em 1976. O objetivo de sua construção era a ligação entre as capitais Manaus/AM e Porto Velho/RO”.

Diz que as estimativas do custo total das obras são de cerca de R$ 1,4 bi, incluindo os custos com projetos de engenharia, estudos ambientais e as compensações ambientais, pela realização do empreendimento. Dentro deste montante, já foram desembolsados valores com projetos de engenharia, estudos e compensações ambientais.

Como exemplo de impacto negativo, cita o desmatamento de uma área de floresta, para a implantação de uma área de pasto. Com a retirada das espécies de vegetação nativa, o local não será mais o mesmo, resultando em pobreza do solo e desaparecimento de espécies de animais e plantas, por exemplo.

“Um impacto positivo, por sua vez, pode ser resultado da criação de uma área protegida, como uma unidade de conservação. Dessa maneira, a vegetação dessa área estaria protegida da ação de desmatadores”, diz.

O relatório conclui que a pavimentação da BR-319/AM, trecho do meio, “trará grandes modificações sociais e econômicas para a região, resultado da melhoria de acesso e a consequente expansão da malha viária, AM-366 e AM-364”.

Diz que esta rede de rodovias possibilitará o tráfego rápido e seguro entre as cidades de Porto Velho/RO, Manaus/AM, Manicoré/AM, Humaitá/AM e Tapauá/AM. E que a expansão proporcionará um desenvolvimento das atividades rurais e florestais destas cidades e dos demais municípios, da região.

Veja o Relatório na íntegra.


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