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Amazonas

Governador anuncia R$ 600 para retirados do Monte Horebe; Amazonas tem mais de 400 mil sem casa própria

Quando candidatos, governador e vice prometeram revisar e publicar a fila de moradias no Estado, com os nomes dos necessitados, garantindo o direito a imóvel próprio àqueles que efetivamente necessitam.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) anunciou o pagamento de auxílio-aluguel, no valor de R$ 600, aos moradores que estão sendo retirados da comunidade Monte Horebe nesta segunda-feira (2), uma área invadida que a Justiça determinou a reintegração de posse, onde, de acordo com as autoridades, moram cerca de 2 mil pessoas. De acordo com o IBGE, em Manaus, 128 mil famílias não tinham casa própria em agosto de 2018. O número de “sem lares” chegava a 460 mil pessoas, considerando a média de 3,6 integrantes por família.

O processo de reintegração de posse iniciou na madrugada de hoje com atuação de mais de 700 agentes públicos na área que deve receber a construção de um completo de segurança pública, na zona Norte de Manaus. “Nós vamos pagar um valor de R$ 600 para essas famílias até que se encontre uma solução definitiva de moradia para elas; seja a doação de um lote, através de estudo se essa família tem ou não condição de fazer a construção de uma casa, seja através da entrega de um apartamento ou outra solução em consenso entre Governo do Estado e as famílias”, explicou o governador.

Lista transparente

Em setembro de 2018, quando ainda eram candidatos, Wilson Lima e seu vice, Carlos Almeida (PRTB), informaram que uma das prioridades de seu governo seria a instituição de política habitacional nos 62 municípios. Almeida, que é Mestre em Direito com dissertação sobre defesa da moradia, disse que o novo governo iria revisar a fila de moradias no Estado, garantindo o direito a imóvel próprio àqueles que efetivamente necessitam.

“Vamos revisar a fila dos que aguardam por moradias concedidas pelo estado, tornando-a pública e transparente. Iremos garantir que as unidades habitacionais sejam entregues a quem não tem condições de arcar com o custo praticado pelo mercado”, disse o então defensor público Carlos Almeida. “Para as áreas consolidadas, com mais de cinco anos, o caminho é a regularização. Para as áreas recentes, é preciso fazer um levantamento social das pessoas, com provável realocação das famílias em outros programas de moradia”, disse.


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