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Amazonas

Garimpeiros ameaçam empresas de navegação nos rios do Amazonas, denuncia Sindicato

Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas denuncia que grupos de garimpeiros passaram a ameaçar a segurança das embarcações regulares.

Balsas de garimpo ilegal no rio Madeira, no Amazonas. (Foto:Bruno Kelly)

As empresas de transporte de cargas do estado afirmam estar enfrentando mais uma ameaça para manter o abastecimento de Manaus e dos municípios do interior, com produtos como alimentos e combustível: os garimpeiros ilegais que ocupam principalmente a bacia do Rio Madeira, no sul do estado. Além dessa intimidação, as empresas têm sofrido ataques de piratas nos rios do Amazonas.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), após a operação realizada pela Polícia Federal no último dia 12 na região e que resultou na inutilização de balsas e equipamentos usados para dragar o rio, grupos de garimpeiros passaram a ameaçar diretamente – e em redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens – a segurança das embarcações regulares que fazem as rotas para os municípios do Madeira, e também entre Porto Velho (RO) e Manaus em represália.

Diante da insegurança para manter as atividades e dos riscos para a vida dos tripulantes, das populações ribeirinhas e de um grave acidente, o vice-presidente da entidade, Madson Nóbrega afirmou que o Sindarma irá encaminhar aos órgãos de segurança estaduais e federais solicitação para reforço imediato da fiscalização e vigilância.

De acordo com a nota distribuída pelo Sindarma, “É mais um problema grave e urgente que temos que enfrentar diariamente porque as ameaças estão cada vez mais constantes e além das vidas envolvidas, ainda há o risco de um acidente ambiental irreversível de grandes proporções caso eles resolvam atacar uma embarcação com milhões de litros de combustível, como já ameaçaram repetidas vezes”.

O dirigente do Sindarma acrescentou que teme que se repitam nos rios do Amazonas, o que aconteceu na BR-319, logo depois da operação policial, quando garimpeiros atearam fogos em pneus e fecharam o acesso da ponte que liga o Amazonas a Rondônia, na entrada de Porto Velho.

“Eles já estão fechando trechos importantes do rio com paredões de balsas e dificultando a passagem das embarcações, inclusive ameaçando os tripulantes com armas. As empresas de navegação estão fazendo sua parte para manter o abastecimento e o transporte de cargas, mas o cenário tende a se agravar ainda mais e comprometer a segurança de todo o Madeira”, alertou Nóbrega.


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