Amazonas
‘Gabinete do ódio’: Sinpol pede destituição da cúpula da Polícia Civil do Amazonas
Sindicato denuncia “viés perseguidor”, como “o norte dos atos” da gestão do governador Wilson Lima (PSC), “que esfacela uma instituição tão renomada no cenário social.
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Amazonas (Sinpol) publicou nota pedindo a “substituição da atual cúpula e a destituição do denominado gabinete do ódio”. A Nota denuncia “viés perseguidor”, como “o norte dos atos” da gestão do governador Wilson Lima (PSC), “que esfacela uma instituição tão renomada no cenário social e, por consequência, deprecia a imagem do governador no seio da classe, pois são inúmeros os atos que visam ao constrangimento e a opressão aos Policiais Civis”.
Na nota, publicada no site sindicato, o Sinpol diz que “recebeu com estranheza a notícia relativa à retirada repentina, sumária e imotivada dos delegados da Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS) após curiosamente terem conseguido a decisão judicial que prorrogou a prisão de dois empresários muito ricos de uma rede de supermercado do Amazonas”.
Segundo a nota, “todas as estatísticas revelaram que nunca a DEHS havia contabilizado tantas prisões, apesar de ser do nosso conhecimento que aquela especializada estava sendo minada por atos que minoravam, cada vez mais, a atuação investigativa dos agentes que ali atuam”. E denuncia o fechamento do plantão da DEHS “acabou por dificultar ainda mais os trabalhos daquela especializada e sobrecarregou as centrais de flagrante, fato que, em princípio, já poderia se considerar como desastroso e diverso do interesse público”.
A nota diz, ainda, que o Sinpol, “na condição de legítimo guardião da classe Policial Civil do Estado do Amazonas, jamais coadunará com qualquer ato de gestão que tenha nítido caráter de perseguição aos servidores, sobretudo, àqueles que sem a mínima condição estrutural e de pessoal, tem desenvolvido um trabalho hercúleo e evidenciado um elevado espírito público no atendimento à população amazonense”.
E afirma que “mostra-se inconcebível que delegados comprometidos, operacionais, competentes e que desempenham as suas funções com maestria, sejam punidos em virtude da publicidade dada pela imprensa ao eficiente trabalho por eles desenvolvido, pois são incontestes face as inúmeras operações que deflagraram por aquela especializada, assim como, pelos vários os casos complexos elucidados”.
A nota encerra dizendo que o Sinpol aguarda “uma atitude efetiva e célere por parte governador ao, finalmente, entender que a única forma de permitir que a PCAM (Polícia Civil) seja oxigenada é a definitiva substituição da atual cúpula e a destituição do denominado gabinete do ódio”.
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