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Amazonas

Fiocruz Amazônia recomenda uso de máscaras diante do aumento do volume de fumaça em Manaus

Segundo o órgão, é preciso voltar ao hábito de usar as máscaras de proteção, assim como na época da pandemia da Covid-19.

A Fiocruz Amazônia recomendou, nesta quinta-feira (12), o retorno do uso de máscaras, em Manaus, diante do aumento do volume de fumaça que vem atingindo a capital do Amazonas nos últimos dias. Segundo a Fiocruz, a fumaça das queimadas e a poluição atmosférica podem afetar a saúde humana, e os efeitos negativos não têm sido associados apenas com problemas respiratórios, mas também com problemas nos olhos.

Além disso, o problema pode causar problemas na pele e até mesmo com doenças cardiovasculares e neurológicas, especialmente em grupos etários mais vulneráveis como crianças e idosos.

“O material particulado é o mais nocivo à saúde e pode atingir diferentes órgãos e tecidos do corpo humano, como olhos, nariz, garganta, pulmões e corrente sanguínea, para dar alguns exemplos. Uma particularidade que não podemos ignorar é que a fumaça das queimadas, mais visível aos olhos humanos em períodos críticos do ano, vem acompanhada de outros poluentes ambientais nocivos, como os gerados por veículos terrestres e aéreos, gás de cozinha, atividade comercial, agrícola e industrial, por exemplo”, disse o órgão.

Desde a quarta-feira (11), Manaus está encoberta por uma “onda de fumaça” decorrente de queimadas que vem ocorrendo nos municípios de Autazes e Careiro, segundo o Ibama. A situação, inclusive, levou universidades da capital a suspenderem as atividades presenciais. O ar na cidade é considerado de péssima qualidade.

Ainda conforme a Fiocruz, a exposição à fumaça pode ocasionar ressecamento e irritação do nariz, garganta e olhos, resultando em desconforto, dor, rouquidão, tosse seca, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos. No entanto, a situação, se prolongada, pode agravar ainda mais o quadro.

“É importante chamar atenção que, em torno de 6,5 milhões de pessoas morrem anualmente, devido a poluição do ar. Inclusive, há uma crescente discussão acerca da necessidade de incluir a poluição do ar como causa contribuinte de morte nas declarações de óbito, pois a sua invisibilidade nas estatísticas oficiais corrobora com a negação dos efeitos catastróficos da atual crise climática no Brasil e no mundo”, alertou a Fiocruz.

Ainda segundo o órgão, é preciso voltar ao hábito de usar as máscaras de proteção, assim como na época da pandemia da Covid-19.

“Tal como na pandemia de Covid-19, para que as pessoas possam, de fato, se beneficiar da proteção contra a fumaça ou até mesmo de toda sorte de vírus de transmissão respiratória, como Sars-Cov-2 ou Influenza, o ideal é que sejam usados respiradores do tipo PFF2 ou N95, pois só esses equipamentos protegem ou filtram efetivamente micropartículas”, finalizou.


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