Amazonas
Pandemia: faltam EPIs no interior do Estado do Amazonas, diz presidente de Conselho de secretários municipais de Saúde
“Nós não estamos preparados para lidar com os casos mais graves”, afirmou Januário da Cunha Neto, em entrevista publicada nesta segunda-feira no UOL.
O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems ) do Amazonas, Januário da
Cunha Neto, secretário municipal de Saúde de Tapauá, disse que o cenário das cidades amazônicas é preocupante para enfrentamento da covid-19. “Nós não estamos preparados para lidar com os casos mais graves”, afirmou ele, em entrevista publicada nesta segunda-feira no UOL.
Segundo ele, a maioria dos municípios não tem equipamentos para garantir suporte ventilatório a
uma insuficiência respiratória grave. Além disso, há ainda hoje uma dificuldade para comprar
produtos usados no atendimentos nas unidades de saúde.
“Temos problema sobretudo em relação à aquisição de equipamentos de proteção individual e os
insumos necessários. Está muito difícil comprar. O mundo todo nesse momento está interessado na
mesma coisa. A gente está fazendo racionamento do uso desses equipamentos. Não seria o cenário
ideal; mas precisamos para poder garantir pelo menos por mais tempo”, explica.
Para tentar conter a chegada do coronavírus, os municípios fortaleceram a atenção básica e
montaram uma espécie “barreira sanitária nos portos, aeroportos e rodovias para que as pessoas que
sejam oriundas de áreas comprovadamente de circulação do vírus não possam adentrar.” “Muitos municípios já decretaram estado de calamidade e outros optaram pelo lockdown (bloqueio
de emergência que impede a saída das pessoas) e estão completamente fechados por 15 dias”,
afirma Januário.
Diante desse cenário, o presidente do Cosems afirma que é fundamental que a população tenha
consciência de que o distanciamento social é a melhor forma de prevenir a doença. “Essa é barreira
mais eficiente para evitar a transmissão”, alerta.
O secretário-executivo adjunto de Atenção Especializada ao Interior da Secretaria de Saúde do
Amazonas, Cássio Espírito Santo, informou ao UOL que o estado tem de três modelos de aeronaves que são utilizadas conforme a distância do município onde está o paciente. Cada aeronave leva todo aparato para realizar os atendimentos — equipamentos, insumos e profissionais —, com capacidade para transportar até dois pacientes.
“Temos um jato, um avião para pista pequena e um hidroavião, para atender às diversas realidades
dos nossos municípios. E, através de um sistema de regulação, esses pacientes são informados e
removidos para a capital. A ambulância vem na própria pista, retira o paciente e leva para a unidade
de saúde de destino”, disse.
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