Amazonas
Falta de segurança: transportadoras perdem R$ 20 milhões com roubo nos rios do Amazonas
Sindarma cita ameaças e agressões físicas a marinheiros e outros profissionais que trabalham nas embarcações.
Em 2022, setor de transporte fluvial de cargas no Amazonas já acumula mais de R$ 20 milhões em prejuízos provocados por “piratas dos rios”. As informações são do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), que também cita ameaças e agressões físicas a marinheiros e outros profissionais que trabalham nas embarcações.
De de acordo com a entidade, os criminosos formam “barrigas d’água”. O ataque mais recente ocorreu no 12 de setembro contra um comboio que transportava combustível para a cidade de Porto Velho, capital de Rondônia.
O Sindarma informou que este foi o segundo roubo de combustíveis somente neste mês provocado pelas quadrilhas que dominam os rios da região.
A ocorrência anterior aconteceu na semana anterior, entre os municípios de Parintins (AM) e Juruti (PA). No total, foram furtados mais de 620 mil litros apenas nos dois assaltos realizados em setembro.
“Nestes números não estão incluídas as tentativas diárias que as empresas de navegação conseguem evitar por conta da escolta armada e da ação e perícia dos próprios tripulantes. A situação está muito grave e ainda estamos na metade do mês”, disse o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega.
Agressões
Nóbrega afirmou ainda que, além do roubo dos combustíveis e de equipamentos, os criminosos estão ameaçando e agredindo fisicamente os marinheiros e profissionais que trabalham nas embarcações.
“No ritmo em que a situação se encontra nos rios, em pouco tempo haverá falta de tripulantes, uma vez que ninguém vai arriscar a vida em uma atividade de alto risco e isso poderá gerar problemas de abastecimento de produtos de primeira necessidade, principalmente de combustível, nos municípios do interior”, acrescentou.
De acordo com Nóbrega, a situação fica mais complicada no período de vazante dos rios por conta da dificuldade para navegar em certos trechos em que há maior incidência de bancos de areia e pedras, como no Rio Madeira, fatores que obrigam as embarcações a reduzirem a velocidade e desta forma, facilitam a abordagem dos “piratas”.
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