Amazonas
Envolvida em escândalo, empresa ligada a deputado já recebeu R$ 95 milhões na gestão de Wilson Lima
Com o CNPJ 13.183.508/0001-14, a empresa é contratada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para serviços de limpeza.
A empresa Amsterdam/SVX Serviços, atual Porto Serviços Profissionais, da qual era procurados o deputado estadual Saullo Viana (PTB), vice líder do governo na Assembleia Legislativa, já recebeu R$ 95,7 milhões na gestão do governador Wilson Lima (PSC), até esta terça-feira, de acordo com os números do Portal da Transparência do Estado. A empresa está no nome da mãe dele, Celia Maria Velame Viana, em sociedade com o empresário Paulo Sampaio Silva,
Com o CNPJ 13.183.508/0001-14, a empresa é contratada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para serviços de limpeza. É a mesma empresa denunciada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e pela Polícia Civil do Estado (PC) na operação ‘Cachoeira Limpa’, em novembro de 2020.
O MP-AM chegou a pedir a prisão de Saullo Vianna e outros denunciados em um esquema fraude em licitação e crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa , em Presidente Figueiredo (AM), na gestão do ex-prefeito Romeiro José Costeira Mendonça (2017 a 2020), que gerou prejuízo estimado em R$ 23 milhões, segundo as investigações.
Requereu ainda a prisão de Saullo Velame Vianna, do ex-prefeito, do ex-vice-prefeito, do secretário mMunicipal de Finanças, do presidente da CPLs e dos empresários Rosedilse de Souza Dantas, sócia da empresa Rav Construções e Transporte, atual Incas Construções; Márcio Frota Barroso, sócio da empresa Engefort Construções, atual Diretriz Engenharia; Paulo Sampaio da Silva, sócio da empresa Amsterdam/SVX Serviços, atual Porto Serviços Profissionais, da qual o deputado Saullo Vianna atuava como procurador em substituição à sua mãe (Célia Viana), entre outros.
De acordo com investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do MP-AM, empresas que combinavam frustrar ou fraudar o caráter competitivo de vários procedimentos licitatório com o intuito de enriquecimento ilícito. Para dissimular o desvio do dinheiro público, os envolvidos instituíram ou adquiriram diversos CNPJs, controlados por Saulo Vianna, na época cunhado do então vice-preito do município, Mário Jorge Bulbol, que se valeu de laranjas para a constituição do quadro societário, informou o MP-AM.
A operação ‘Cachoeira Limpa’ cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e 12 de buscas pessoais em Manaus, Presidente Figueiredo e Parintins. Figuraram entre os alvos, além de Saullo Vianna, o ex-prefeito Romeiro, o ex-vice-prefeito Mário Jorge Bulbol Abrahão, o então secretário de Finança Jander de Melo Lobato, e o então presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) Jender de Melo Lobato.
O MP-AM também requereu a prisão do ex-prefeito, do ex-vice-prefeito, do secretário de Finanças, do presidente da CPL e dos empresários Rosedilse de Souza Dantas, sócia da empresa RAV Construções e Transporte, atual Incas Construções; Márcio Frota Barroso, sócio da empresa Engefort Construções, atual Diretriz Engenharia; e Paulo Sampaio da Silva, sócio da Amsterdam/SVX Serviços/Porto Serviços Profissionais,.
O MP-AM também requereu o afastamento do cargo do deputado estadual, mas a justiça negou os pedidos.
Os relatórios financeiros obtidos a partir da medida cautelar de quebra do sigilo bancário deferida pela justiça revelam relação financeira suspeita entre as empresas que participaram dos mesmos certames licitatórios em Presidente Figueiredo, aponta parecer uma conta única, onde umas pagam as contas das outras e, não só, todas elas pagam as contas pessoais de Saullo Vianna e da mãe dele.
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