Amazonas
Empresas médicas que prestam serviço nas unidades públicas recusam proposta do Governo do Amazonas, diz presidente de sindicato
Governo do Amazonas atrasa pagamento de serviços prestados por empresas que anunciaram redução no atendimento ao público
O presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Vianna, informou nesta sexta-feira (1º/12) que as empresas médicas que estão com pagamentos de serviços atrasados por parte do Governo do Estado recusaram a proposta do executivo em pagar ainda em 2024 somente um mês dos demais meses em atraso. Representantes de 15 das mais importantes empresas que prestam serviços nas unidades de saúde informaram redução temporária dos serviços não urgentes a partir de hoje “como forma de protesto diante de tamanho descaso”, no atraso de pagamentos.
“Sobre essa situação do pagamento das empresas médicas o que eu soube é que fizeram uma proposta de se pagar o mês de agosto ainda esse ano e deixando os demais para 2024 e parece que as empresas não aceitaram essa proposta. Os pagamentos já estão atrasados para algumas empresas até que eu saiba 5, 6 meses né para as empresas médicas”, disse o presidente do sindicato, informando que para demais empresas o atraso se estende em mais de seis meses.
“E para as empresas de enfermagem outras até mais de 6 meses. Os maqueiros estão com recorde aí eu não tenho o documento na mão, mas são 11 meses de atraso no pagamento das empresas dos maqueiros”, completou.
Comunicado
O comunicado com a redução nos atendimentos foi enviado ao secretário de Saúde do Estado, Anoar Samad, informando redução temporária dos serviços não urgentes a partir de 01/12/23 “como forma de protesto diante de tamanho descaso”, no atraso de pagamentos. De acordo coma carta, a situação será mantida até os pagamentos sejam realizados pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
As empresas médicas relatam débitos em atraso referentes aos anos 2021 e 2022, assim como dos meses de agosto, setembro e outubro do de 2023. E dizem que é necessário estabelecer um cronograma de desembolso para os meses de novembro e dezembro de 2023, “garantindo seu devido orçamento e financeiro dentro da programação para 2024”.
Junto com a exigência da “urgente na regularização dos pagamentos, resgatando assim a dignidade profissional dos médicos que prestam serviços há meses sem contrapartida financeira”, as empresas solicitam ainda “melhoria das atuais condições estruturais, superlotação de pacientes e graves desabastecimentos em que se encontra a rede estadual de saúde, e que está afetando diretamente a qualidade da assistência prestada à população”.
SES
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que “está tratativas com as cooperativas médicas para equacionar a questão dos pagamentos o mais rápido possível e que a Secretaria de Fazenda está avaliando a parte orçamentária”. O Governo do Amazonas informou que o atendimento nas unidades de urgência e emergência segue mantido.
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