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Amazonas

Em meio 11 mil mortos, governador do AM reclama do termo ‘variante amazonense’ para nova cepa do coronavírus

Segundo Wilson Lima, não [é justo que as pessoas se refiram a nova cepa como amazonense ou de Manaus

Governador reuniu seu alto escalão nesta terça-feira (02/03) – foto: Diego Peres

O governador do Amazonas, Wilson Lima, reclamou, nesta terça-feira (02/03), da aplicação da denominação “variante amazonense”, em referência à nova cepa do coronavírus. Segundo ele, “não é justo que o Brasil e o mundo fiquem batizando ou fazendo referência a essa variante como sendo do Amazonas ou de Manaus”, disse o governador, em nota divulgada pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

Segundo a Secom, “de acordo com diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), utilizar localidades geográficas – como nomes de cidades, países, regiões e continentes – para denominar variantes virais é inapropriado e pode ocasionar estigma e equívocos”.
Variante P.1 é uma das 18 variantes do novo coronavírus já mapeadas no Amazonas. O estudo realizado pela Fiocruz Amazônia, em parceria com a FVS-AM, confirmou a origem da P.1 e um aumento substancial na frequência dessa variante nas amostras analisadas.

De acordo com o estudo, entre as amostras analisadas, a variante P.1 respondia, em dezembro, por 51% dos casos. Já no dia 13 de janeiro, esse percentual aumentou para 91%. Também foi identificada a circulação dessa variante em 11 municípios do Amazonas, nos estudos realizados em janeiro.

A nota diz que “o Governo do Amazonas recebeu, da OMS e da Opas, orientações apontando que, apesar de não existir definição contrária explícita sobre o uso de referências geográficas na nomenclatura de vírus e suas variantes pelo Comitê Internacional de Taxonomia Viral, a comunidade científica entende que o uso é inapropriado”.
Nesta semana, enquanto Wilson Lima reclama da nomenclatura do vírus, o Amazonas chegou a 11 mil mortos por Covid-19 e mais de 317 mil casos de infectados.

O diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) em exercício, Cristiano Fernandes, disse que, independentemente de variante, os cuidados preventivos ao coronavírus são os mesmos e precisam ser mantidos e reforçados.
“Lembrando que as medidas não farmacológicas são as mais indicadas para evitar transmissão da doença. O uso de máscara, evitar locais com aglomeração, a higiene pessoal, medidas de higiene, tanto coletivas quanto individuais, chamando atenção para o uso de álcool gel para desinfecção das mãos. São medidas simples e extremamente necessárias, e que valem para qualquer variante, quando a gente fala da transmissão da Covid-19”, enfatizou Fernandes.


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