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Amazonas

Deputados do Amazonas lideram diferença de gastos com cota parlamentar no Congresso, mostra pesquisa

O levantamento aponta que o deputado que menos usou a cota parlamentar foi Amom Mandel (Cidadania), e o que mais gastou foi Átila Lins (PSD).

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A diferença entre gastos de deputados com a cota parlamentar para exercício da atividade parlamentar pode ser muito grande. O que menos utilizou o benefício, teve despesas de R$ 14 mil, ao passo que o com maior gasto usou mais de R$ 600 mil. Levantamento do Congresso em Foco mostra quem foram os deputados mais econômicos e gastadores por estados, em 2024. Foram considerados apenas aqueles que não se licenciaram no período.

A maior diferença aconteceu no Amazonas, onde o deputado que menos gastou, Amom Mandel (Cidadania), utilizou R$ 14.913,92, e o que mais gastou, Átila Lins (PSD), utilizou R$ 580.421,70 da cota parlamentar, distância de mais de R$ 565 mil. A menor diferença, por outro lado, foi em Rondônia, de R$ 53,3 mil. Quem mais utilizou o benefício foi o Dr. Fernando Máximo (União Brasil), R$ 547,1 mil, e o deputado que menos gastou foi Thiago Flores (Republicanos), R$ 493,8 mil.

A cota parlamentar é um benefício dado aos deputados para custear despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel de escritório de apoio ao mandato no estado. Inclui passagens aéreas, alimentação, locação de carro, combustível, divulgação das atividades parlamentares, entre outras. Portanto, é um benefício legal e previsto pelo regimento. A maior parte dos recursos é paga como reembolso aos parlamentares mediante apresentação de notas fiscais.

O saldo mensal não utilizado não é acumulável para o mês seguinte e os parlamentares têm até 90 dias para solicitar o reembolso. Dessa forma, os valores gastos apontados neste levantamento, realizado em 2 de janeiro, podem ser alterados, uma vez que os deputados podem não ter declarado despesas anteriores.

Além disso, o valor da cota parlamentar é diferente para cada estado, pois leva em consideração o valor da passagem de Brasília até a capital do estado onde o parlamentar foi eleito. Assim, a maior cota é destinada aos congressistas de Roraima, no valor de R$ 51.406,33 e a menor, aos do Distrito Federal, no valor de R$ 36.582,46.

Dessa forma, a comparação entre diferentes estados é desigual pelos valores a que cada deputado tem direito. A comparação entre parlamentares do mesmo estado, no entanto, é mais adequada, uma vez que todos têm o mesmo valor para gastar.

Quem gastou mais e quem gastou menos, por estado:

Acre

Quem mais gastou: Coronel Ulysses (União Brasil) – R$ 573.520,48
Quem menos gastou: Gerlen Diniz (PP) – R$ 407.577,23

Alagoas*

Quem mais gastou: Delegado Fábio Costa (PP) – R$ 517.105,96
Quem menos gastou: Isnaldo Bulhões Jr (MDB) – R$ 353.561,96

Amazonas

Quem mais gastou: Átila Lins (PSD) – R$ 580.421,70
Quem menos gastou: Amom Mandel (Cidadania) – R$ 14.913,92

Amapá

Quem mais gastou: Vinicius Gurgel (PL) – R$ 564.282,31
Quem menos gastou: Acácio Favacho (MDB) – R$ 407.699,35

Bahia

Quem mais gastou: Daniel Almeida (PCdoB) – R$ 538.558,44
Quem menos gastou: Pastor Sargento Isidório (Avante) – R$ 131.126,53

Ceará

Quem mais gastou: Fernanda Pessoa (União Brasil) – R$ 556.990,10
Quem menos gastou: AJ Albuquerque (PP-CE) – R$ 333.057,64

Distrito Federal

Quem mais gastou: Fred Linhares (Republicanos) – R$ 443.731,25
Quem menos gastou: Julio Cesar Ribeiro (Republicanos) – R$ 344.624,92

Espírito Santo

Quem mais gastou: Evair Vieira de Melo (PP) – R$ 510.091,36
Quem menos gastou: Helder Salomão (PT) – R$ 301.397,50

Goiás

Quem mais gastou: Marussa Boldrin (MDB) – R$ 509.967,68
Quem menos gastou: Daniel Agrobom (PL) – R$ 173.240,63

Maranhão

Quem mais gastou: Cleber Verde (MDB) – R$ 524.845,86
Quem menos gastou: Duarte Jr (PSB) – R$ 249.704,11

Minas Gerais

Quem mais gastou: Delegado Marcelo Freitas (União Brasil) – R$ 493.515,02
Quem menos gastou: Hercílio Coelho Diniz (MDB) – R$ 258.323,51

Mato Grosso do Sul

Quem mais gastou: Dagoberto Nogueira (PSDB) – R$ 567.854,88
Quem menos gastou: Marcos Pollon (PL) – R$ 364.610,25

Mato Grosso

Quem mais gastou: Coronel Assis (União Brasil) – R$ 526.177,08
Quem menos gastou: Gisela Simona (União Brasil) – R$ 267.180,31

Pará

Quem mais gastou: Antonio Doido (MDB) – R$ 538.735,23
Quem menos gastou: Delegado Caveira (PL) – R$ 150.432,76

Paraíba

Quem mais gastou: Luiz Couto (PT) – R$ 532.241,93
Quem menos gastou: Gervásio Maia (PSB) – R$ 338.898,37

Pernambuco

Quem mais gastou: André Ferreira (PL) – R$ 562.997,86
Quem menos gastou: Luciano Bivar (União Brasil) – R$ 282.063,36

Piauí

Quem mais gastou: Flávio Nogueira (PT) – R$ 542.189,98
Quem menos gastou: Florentino Neto (PT) – R$ 391.141,52

Paraná

Quem mais gastou: Delegado Matheus Laiola (União Brasil) – R$ 523.006,05
Quem menos gastou: Sargento Fahur (PSD)– R$ 201.926,94

Rio de Janeiro**

Quem mais gastou: Dani Cunha (União Brasil) – R$ 485.903,72
Quem menos gastou: Soraya Santos (PL) – R$ 183.160,03

Rio Grande do Norte

Quem mais gastou: João Maia (PP) – R$ 571.588,04
Quem menos gastou: Sargento Gonçalves (PL) – R$ 248.388,66

Rondônia

Quem mais gastou: Dr. Fernando Máximo (União Brasil) – R$ 547.191,55
Quem menos gastou: Thiago Flores (Republicanos) – R$ 493.802,80

Roraima

Quem mais gastou: Gabriel Mota (Republicanos) – R$ 611.219,45
Quem menos gastou: Duda Ramos (MDB) – R$ 360.517,40

Rio Grande do Sul

Quem mais gastou: Pompeo de Mattos (PDT)– R$ 568.019,93
Quem menos gastou: Marcel Van Hattem (Novo) – R$ 235.697,48

Santa Catarina

Quem mais gastou: Daniel Freitas (PL) – R$ 526.444,76
Quem menos gastou: Gilson Marques (Novo) – R$ 138.063,20

Sergipe

Quem mais gastou: Delegada Katarina (PSD) – R$ 534.496,41
Quem menos gastou: Gustinho Ribeiro (Republicanos) – R$ 325.233,05

São Paulo

Quem mais gastou: Kiko Celeguim (PT) – R$ 505.041,57
Quem menos gastou: Adriana Ventura (Novo) – R$ 43.778,62

Tocantins

Quem mais gastou: Antonio Andrade (Republicanos) – R$ 541.085,58
Quem menos gastou: Filipe Martins (PL) – R$ 419.327,99

* Não foi considerado o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por dispor de benefícios que os demais parlamentares não têm.

** O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso em março de 2024, não foi incluído por não ter exercido seu mandato nos meses subsequentes


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