Amazonas
Deputado diz que, no caso dos respiradores, governo do Amazonas ‘assumiu a responsabilidade de matar’
“Esse depoimento é uma carta condenatória que informa que todos que estavam envolvidos na compra dos ventiladores, assumiram a responsabilidade de matar, por saberem que eram inadequados”, disse.
Na manhã desta terça-feira (28), o deputado Dermilson Chagas (podemos) disse, na Assembleia Legislativa, que ao comprar os ventiladores pulmonares para entubar os pacientes em estado grave pelo coronavírus no Hospital Nilton Lins, o Governo do Amazonas “assumiu a responsabilidade de matar, pois, os mesmos aparelhos foram considerados inapropriados para entubação”.
Segundo o deputado, essa consideração foi feita pela própria ex-gerente de compras da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Alcineide Pinheiro em depoimento à Polícia Federal, no dia 02 de abril deste ano. Ele cita o trecho que ela diz ter informado verbalmente aos então secretários João Paulo e Rodrigo Tobias que os respiradores da empresa Sonoar não serviriam para entubar pacientes, e que ambos “abanaram a cabeça e disseram “vai ter que comprar, é de ordem”, que no entendimento dela, vinha do governador Wilson Lima.
Para Dermilson, “não há dúvidas que o governador e o seu vice, João Paulo e Rodrigo Tobias, além da parte técnica da Susam, foram omissos e negligentes”. “Esse depoimento é uma carta condenatória que informa que todos que estavam envolvidos na compra dos ventiladores, assumiram a responsabilidade de matar, por saberem que eram inadequados para utilizar nos pacientes em estado grave pelo covid-19, internados no hospital de campanha Nilton Lins”, disse.
Dermilson ainda diz que independente da operação da Polícia Federal, o Ministério Público do Estado (MPE), precisa aproveitar o depoimento de Alcineide e abrir uma investigação para saber se houveram mortes de pacientes que foram entubados pelos ventiladores.
“Não podemos fechar os olhos para essa chacina feita por este governo assassino e por essa quadrilha criminosa. Os fatos estão aí, essa é a hora dos órgãos de fiscalização cumprir com o seu papel perante as famílias injustiçadas que perderam seus entes queridos”, afirmou.
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