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Amazonas

Deputado diz que governo do AM gasta R$ 190 milhões em comunicação, enquanto hospitais sofrem com falta de investimento

Wilker lamentou o alto valor gasto pela Secom, “enquanto o Hospital do Coração Francisca Mendes (HCFM), considerado referência em cirurgias cardíacas na região Norte, recebeu aporte de R$ 1.859.547,22”

O desprezo do Governo do Amazonas com a saúde pública do Estado e os gastos desnecessários da atual gestão foram o tom de revolta do deputado estadual Wilker Barreto durante Sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) desta quarta-feira (17/11). Na tribuna, o parlamentar criticou o gasto de R$ 190.489.733,30 milhões do Executivo com a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) em 2021, enquanto, segundo ele, os principais hospitais do Estado sofrem com baixo aporte de recursos para melhoria dos serviços de saúde.

Wilker lamentou o alto valor gasto pela Secom, enquanto, informou, o Hospital do Coração Francisca Mendes (HCFM), considerado referência em cirurgias cardíacas na região Norte, recebeu aporte de R$ 1.859.547,22.

Citando dados do Portal da Transparência do Estado, o deputado também disse que, responsável por um grande fluxo de atendimentos hospitalares do Estado, o Hospital e Pronto Socorro (HPS) 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul de Manaus, recebeu apenas R$ 71.142.476,63 em investimentos do Governo.

“Neste exato momento, temos uma fila interminável de cateterismo, retenções de leitos nos hospitais e sabe qual foi o crescimento do gasto em propaganda do governo? Saiu de R$ 130 milhões para R$ 190 milhões, equivalente hoje a seis grandes hospitais. É estarrecedor o que acontece hoje na saúde do Amazonas”, afirmou.

O líder da oposição na Assembleia também disse que o índice de leitos hospitalares do Estado é de 1,22, inferior à média nacional para cada grupo de 1.000 habitantes, que é de 2,36. E acrescentou que o número é abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 2,5 a 3,0 leitos na mesma amostragem. Para Barreto, não houve nenhuma evolução na saúde pública por parte do Governo.

“Mesmo com o colapso do que foi a pandemia, o que mais o povo do Amazonas esperava era que algum tipo de estrutura pode ter ficado no interior, algum avanço na urgência e emergência, mas infelizmente não. O interior continua entregue à própria sorte, não ficamos com nenhum legado de estrutura pós-Covid”, relatou o deputado.


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