Amazonas
Deputado diz que anúncio de “pleno funcionamento de hospital é a prova de que governo do AM brincou com a vida do povo”
Deputado Wilker Barreto disse que a unidade hospitalar não operou em sua totalidade durante a pandemia da Covid-19 no Amazonas “e isto custou muitas vidas”.
O deputado estadual Wilker Barreto disse, nesta quinta-feira (07/10) que o anúncio do governo do Amazonas, de que, este mês, pela primeira vez colocou em pleno funcionamento o Hospital e Pronto Socorro (HPS) Delphina Aziz, é “prova cabal de que a gestão do governador Wilson Lima (PSC)”, “brincou com as vidas do povo amazonense”.
Barreto falou da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) e fez referência à informação do governo, durante o lançamento dos programas Examina+, Consulta+ e Opera+ na última terça-feira (05/10), que confirmam, segundo ele, que a unidade hospitalar não operou em sua totalidade durante a pandemia da Covid-19 no Amazonas “e isto custou muitas vidas”.
“Um ano e meio depois da pior crise da saúde e do colapso que passou o Amazonas, o governador anuncia que o Delphina vai funcionar 100% pela primeira vez. E aí, volto para a reflexão dos inúmeros apelos e pronunciamentos de matérias tristes e de caráter nacional que mostraram milhões gastos com hospital de campanha, mortes de amazonenses sem leitos, hospitais superlotados e a crise do oxigênio”, disse.
O deputado lembrou que a CPI da Saúde, instalada na ALE, em 2020, constatou que o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), Organização Social (OS) que gerencia o hospital, recebeu, de abril a dezembro de 2019, aproximadamente R$ 76 milhões para operar com 100% de sua estrutura, mas funcionou apenas com 37% da sua capacidade, o que equivale a uma diferença de R$ 42 milhões.
“Só para reavivar a memória, quem atestou que o Delphina não funcionou foi a CPI da Saúde desta Casa. E o dinheiro para trás, como fica? O que eu quero é que o Delphina e a OS devolvam mais de R$ 40 milhões que recebeu e não prestou a contrapartida. Eu não sou contra o projeto, sou a favor porque o hospital precisa funcionar em sua plenitude, mas a mesma OS que vai operar agora é a mesma que tem que devolver o dinheiro do contribuinte”, disse.
Ele lembrou, ainda, que na primeira visita de fiscalização no Delphina, em 30 de agosto de 2019, constatou que apenas 37% da unidade estava funcionando. “O saldo ‘negativo’ naquela época foi de 175 leitos inativos, nove salas cirúrgicas sem funcionar, falta de medicamentos e insumos simples, como fios de suturas, colchonetes, macas, entre outras. Além disso, apenas duas das 11 salas cirúrgicas estavam funcionando, deixando de realizar 1.300 cirurgias por mês”, afirmou.
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Luciano Serafim 19/11/21 - 01:28
O hospital Delphina apesar de anunciarem 24hs e pronto socorro, encontra-se fechado à noite.
No 28 de agosto, tudo lotado, tive que recorrer ao PS do São raimundo. É um absurdo!
Ainda vem o governo falar que o Delphina está em total capacidade.