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Amazonas

Depoimento à CPI mostra que ex-secretários Arnóbio e Deodato não têm ligação com irregularidades

Depoimento comprovou que ex-secretários da Fazenda Francisco Arnóbio, e da Saúde, Francisco Deodato, não têm qualquer relação com os pagamentos à Norte Serviços, em contrato superfaturado na gestão de David Almeida.

O depoimento da servidora da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) Priscila Augusta Lira de Castro, nesta segunda-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), desmentiu as informações da ex-secretaria executiva da gestão do ex-governador interino David Almeida, Maria Belém, e provocou a suspensão da convocação dos ex-secretários da Fazenda Francisco Arnóbio, e da Saúde, Francisco Deodato.

Após o depoimento de Pirscila, a CPI considerou que Maria Belém pode ter mentido em depoimento na semana passada ao dar a entender que assinou, um ano depois , documentos de pagamentos de um contrato considerado superfaturado com a empresa norte Serviços para exames, na gestão do ex-governador interino David Almeida. Priscila disse que Maria Belém foi chamada apenas para assinar papéis que deixou pendentes, para cumprir determinações legais do Tribunal de Contas (TCE).

Segundo a CPI, ficou comprovado que os pagamentos à Norte Serviços foram realizados diretamente pela Secretaria de Saúde (Susam) em 2017, com as assinaturas nas Ordens Bancárias de Maria Belém e de Marcos Jorge, chefe do Departamento Financeiro da Susam, à época.

Priscila informou aos deputados da CPI que não há possibilidade de um ex-gestor assinar ordens de pagamento um ano depois. E comprovou, com documentos, que Maria Belém assinou, em 2017, a Ordem Bancária para pagar a empresa Norte Serviços Médico, que ainda segundo a CPI recebeu R$ 868 mil do governo da David Almeida, em 2017, por 91 exames ginecológicos realizados no interior do Estado.

Priscila Castro demonstrou à CPI – e pediu que os deputados comprovem junto ao Bradesco – que o banco não aceita pagamentos sem assinaturas, que os pagamentos foram feitos em 2017 e que Maria Bele’mfoi chamada em 2018 apenas para assinar outros documentos pendentes – sem relação com os pagamentos já feitos – para cumprir regulamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para o arquivamento de processos administrativos. Segundo ela, os documentos no Bradesco comprovam a assinatura de Maria Belém, à época.

Priscila disse que é impossível fazer pagamento um ano depois, pois as Ordens Bancárias são canceladas. E que seria impossível o banco pagar sem que a ex-secretária executiva soubesse.

Para o deputado Wilker Barreto (Podemos) Maria Belém, em depoimento à CPI, não quis assumir que mandou pagar à Norte Serviços. Para ele, ficou claro que o ex-secretário executivo do interior da gestão David Almeida, Edivaldo da Silv, atestou e Maria Belém mandou pagar os exames que a CPI considera superfaturados.

O deputado Fausto Junior pediu para que Maria Belém seja responsabilizada por dar informações falsas à CPI.

O deputado Serafim Corrêa (PSB) disse que não teria sentido ouvir ou o ex-secretário Arnóbio sem o documento do Bradesco.

Os deputados ocncordaram em suspender todos os depoimentos que foram convocados em função do depoimento de Maria Belém.

Para o deputado Wilker Barreto, Priscila “desmascarou a farsa montada para ludibriar a CPI sobre os exames superfaturados e já cabe denúncia formal aos órgãos de controle sobre o fato investigado.

Veja o depoimento:

 

 


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