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Amazonas

Cúpula da Segurança Pública do Amazonas é alvo de operação do MP por corrupção e tráfico

O MP alega “sigilo” e cumprimento da Lei de Abuso de Autoridade e não divulgou os nomes dos investigados.

Na manhã desta terça-feira, 29/8, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Amazonas (MPAM), em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou a ‘Operação Comboio’. As ações estão ocorrendo simultaneamente em dois municípios do Amazonas e no estado de São Paulo, com apoio do GAECO-MPSP.

A operação investiga integrantes da cúpula do Sistema de Segurança Pública do Estado por crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato e tráfico de drogas.

Segundo os investigadores, nos crimes, os servidores utilizavam da estrutura da SSP-AM, como viaturas e sistema de informações. O nome da operação, segundo o MP-AM, faz menção ao uso dos carros que, na execução dos crimes, se deslocavam no formato de comboio.

De acordo com a Lei de Abuso de Autoridades, os investigadores não divulgaram os nomes dos investigados. O procurador-geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, afirmou que não podia confirmar o envolvimento do secretário de segurança, no entanto, disse que “se tem Procuradoria Geral de Justiça [na investigação], é porque tem envolvimento do secretário”. O caso tramita no 2º Grau do Tribunal de Justiça, que é o foro onde deve ocorrer investigação de secretário de estado.

Segundo o promotor e coordenador do GAECO, Igor Starling, não houve pedido de prisão nesta fase da operação, apenas mandados de busca e apreensão, cumpridos em Manaus (AM), Apuí (AM) e São Paulo (SP).

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Ramos, informou que 5 pessoas estiveram na sede da PF, em Manaus, prestando esclarecimentos. Algumas foram conduzidas ou intimadas. Outras compareceram de forma espontânea.

Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de armas. Outras 3 também podem ser presas pelo mesmo motivo, caso não seja comprovada a legalidade da posse das armas encontradas com elas, informou a PF.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. “Foi apreendido farto material e a partir da análise as investigações seguirão até a instauração da ação penal”, disse o superintendente da PF (Polícia Federal) Umberto Ramos.

O promotor de Justiça Igor Starling Peixoto disse que os investigados se “aproveitavam do conhecimento que tinham do sistema de segurança pública para cometer os crimes”. “Havia uso de viaturas do sistema de segurança pública”, afirmou.

Igor Starling disse que alguns integrantes com posse de informações privilegiadas faziam diligências para se apropriar indevidamente de produtos ilícitos de organizações criminosas.

Cinco investigados prestaram informações de forma voluntária para esclarecer circunstâncias verificadas no cumprimento dos mandados. Houve um mandado cumprido em São Paulo e outro em Apuí (AM). De acordo com delegado Umberto Ramos, a PF ainda aguarda o envio do material para Manaus.

Buscas na SSP-AM

A sede da SSP-AM, na zona Norte de Manaus, foi um dos alvos da operação. Lá, segundo a PF, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 2 gabinetes, informou a PF.

General Mansur está na secretaria de Segurança desde agosto de 2021.


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