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Amazonas

Criminosos promovem foguetório em Manaus para mostrar poder contra adversários e autoridades

Milhares de fogos de artifícios foram detonados em todas as áreas da cidade, em uma data que coincide com o aniversário de tomada de poder na capital do Amazonas por fação criminosa, que ocorre desde 2020, na mesma data.

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Manaus foi palco, na noite de segunda-feira (10/02) de uma imensa queima de fogos, muito próxima a que acontece no réveillon, promovida por uma fação criminosa, para comemorar o aniversário da tomada do domínio territorial para mostrar poder diante do sistema de segurança pública. Milhares de fogos de artifícios foram detonados em todas as áreas da cidade, em uma data que coincide com o aniversário de tomada de poder na capital do Amazonas pela fação Comando Vermelho, que ocorre desde 2020, na mesma data.

Moradores de diferentes partes da cidade de Manaus publicaram nas redes sociais vídeos de queima de fogos atribuída à facção criminosa. Movimentos semelhantes, com uso de fogos de artifício, foram registrados em 2021 e 2020, no mesmo dia 10 de fevereiro.

De alguns pontos, foi possível ver a fumaça emitida pelos artefatos pirotécnicos, de outros, é possível ouvir o barulho emitido pelos fogos, bem como possíveis tiros.

Publicações feitas nas redes sociais mostravam a “convocação” da facção, horas antes, para o foguetório. Em uma suposta circular atribuída ao comando dos criminosos que circula nas redes sociais, o texto menciona que o evento era para comemorar o “aniversário da tomada de poder”.

A Polícia do Amazonas confirmou a intensão do foguetório e informou que prendeu, em flagrante, suspeitos de praticar “apologia ao crime”, após a queima de fogos em Manaus (AM).

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que uma operação policial e prendeu 51 pessoas por apologia ao crime e apreendeu quatro adolescentes por ato infracional análogo ao mesmo crime. As prisões e apreensões foram efetuadas antes e durante uma queima de fogos registrada na noite de segunda-feira no Estado. Segundo a SSP-AM, além das prisões, também houve apreensão de porções de drogas, câmeras usadas para realizar monitoramento remoto, balanças de precisão, caixas de explosivos e entre outros materiais.

 Conforme o secretário de Segurança, coronel Vinícius Almeida, a operação para combater a prática criminosa no Estado já acontece há cinco anos, e desta vez, ocorreu em sigilo, com reforço do efetivo nas centrais de flagrantes da Polícia Civil e nas tropas especializadas da Polícia Militar. O secretário disse que, em 2024. o sistema de Segurança Pública realizou a apreensão de mais de 43 toneladas de drogas, quase o dobro do que foi apreendido em 2023 – quando foram apreendidas 26 toneladas. Ele disse que a legislação frouxa favorece o crime organizado no país. Ele citou também a falta de responsabilidade no combate ao tráfico de drogas nas fronteiras.

De acordo com o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, graças ao trabalho integrado da Polícia Civil com a Polícia Militar e Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), todos os envolvidos com a queima de fogos foram conduzidos às delegacias da capital e do interior, por exaltar esse tipo de ato criminoso no Estado. “Nós não vamos desistir, continuaremos engajados para manter a paz e a ordem na sociedade amazonense”, afirmou o delegado-geral.

Por volta de 20h de ontem, em várias zonas da capital amazonense, foi possível escutar o estouro de fogos de artifício, ao passo que várias postagens começaram as ser compartilhadas nas redes sociais com o registro e publicação de imagens sobre o fato. Segundo um dos alegados comunicados da facção criminosa, a ordem era “estremecer o Amazonas com a maior queima de fogos já visto”. A queima de fogos durou aproximadamente 30 minutos em Manaus, no entanto, o estouro também foi testemunhado em municípios do interior do Estado.

A Polícia do Amazonas repete a mesma ação de 2023, quando houve queima de fogos registrada em diversos bairros da capital amazonense e em algumas cidades do interior do Amazonas e foram feitas mais de 100 prisões e apreensões de fogos de artifício, armas de fogo, munições, carros e motos. Os suspeitos foram apresentados na Delegacia-Geral da Polícia Civil, onde foi montada uma Central de Flagrantes. E o foguetório se repetiu novamente.


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