Coronavírus: fila de resultado de exame tem 700 pessoas e tempo de espera chega a 5 dias no AM

Com 1.275 casos confirmados de novo coronavírus, o Amazonas tem, hoje (13), 700 pessoas com quadro sugestivo de Covid-19 à espera de resultados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O tempo médio para receber a resposta, que já foi de 24 horas, agora varia entre 4 e 5 dias. As informações são da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

De acordo com a diretora-presidente da Fundação, Rosemary Pinto, além de um aumento considerável de pessoas com sintomas da doença – e as coletas de amostras só estão sendo realizadas em casos sintomáticos -, contribui para essa demora o déficit de insumos necessários para o diagnóstico. “Nossos resultados estão demorando entre 4 e 5 dias, ainda assim abaixo da média de outros Estados, que chega a 15 dias”, pontuou.

Com os 69 casos confirmados entre ontem e hoje, o Amazonas tem 1.275 casos de novo coronavírus, em Manaus e 16 municípios do interior. Também contabiliza 71 mortes comprovadamente causadas pela Covid-19, incluindo de três profissionais de saúde.

Pacientes confirmados e com suspeita ocupam 530 leitos hospitalares, sendo 130 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Testagem

Especialistas em saúde e autoridades sanitárias discutem, em todo todo mundo, medidas para conter o avanço do novo coronavírus e as mortes causadas pela Covid-19. O método de “contact tracing”, baseado na testagem em massa e isolamento de regiões do país em que portadores do vírus são identificados, foi implementado na Coreia do Sul – um dos primeiros países a controlar o surto da pandemia – e se tonou um dos focos de estudo.

Sem previsão testes em massa, estrutura ou recursos, especialistas afirmam que, dificilmente, a medida seria implementada no país. Para os especialistas, o Brasil deve, além de aumentar a testagem na população, insistir nas medidas de restrição para a circulação de pessoas e o acompanhar de perto os pacientes e seus contatos.

O Diretor Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que sem contar diagnósticos precisos, os países ‘ficam no escuro’, sem saber até que ponto e por que o vírus se espalhou e quem tem o coronavírus ou doença com sintomas semelhantes.