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Amazonas

Conselho da Suframa aprova pauta diversificada e governo anuncia projetos para a região Norte

Investimentos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa somam cerca de R$ 1,4 bilhão e estimam geração de mais de dois mil postos de trabalho diretos ao longo dos próximos anos.

Em sua 293ª Reunião Ordinária, realizada nesta quinta-feira (27), via videoconferência, o Conselho de Administração da Suframa (CAS) aprovou 23 projetos industriais e de serviços, sendo nove de implantação e outros 14 de diversificação, atualização e ampliação, que somam investimentos totais de R$ 1,4 bilhão e estimam a geração de 2.200 empregos diretos, a partir do terceiro ano de funcionamento das linhas de produção.

Adicionalmente, também foram aprovados cinco projetos agropecuários, com investimentos previstos de R$ 17,2 milhões e a geração de 122 empregos, entre mão de obra fixa e variável, em até cinco anos.

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (ME), Carlos da Costa, na condição de presidente do Conselho, inicialmente elogiou a diversificação da pauta, que contou com aprovação de um produto inovador, oriundo de recursos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – a chamada tomada inteligente – e também com projetos importantes para o setor agropecuário.

“O ano volta a acelerar com o maior volume de investimentos e geração de empregos nos últimos 12 meses e vai crescer mais ainda porque ainda há muito o que fazer, tanto no nível federal quanto no nível regional”, afirmou.

O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, afirmou que os projetos da pauta representam o adensamento da cadeia de componentes do Polo Industrial de Manaus (PIM), bem como a retomada de investimentos no Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), e fez uma ressalva em relação aos empregos, cuja tendência é reduzir com a automação industrial.

“Entendemos que os empregos da manufatura tendem a cair, mas deve ser considerado que o produto industrial incorpora, cada vez mais, PIB de serviço, logo, empregos em outros setores serão criados”, afirmou.

Projetos para a região

O secretário Carlos da Costa anunciou que um dos projetos que está sendo trabalhado no ME e também no âmbito do Conselho da Amazônia é o “Nova Amazônia Verde”, que deverá priorizar atividades de baixo impacto ambiental, a economia circular e o potencial turístico da região, fomentando emprego e renda.

“Estamos buscando medidas concretas para melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimentos para a região da Amazônia Ocidental e Amapá e queremos, muito em breve e em conjunto com a Suframa, fazer uma reunião ampla para discutir esses temas já propositivos com todos os governos locais”, afirmou.

Na busca da interiorização do desenvolvimento econômico, o secretário também pontuou a busca de viabilização da bioeconomia. “Vamos revisar as barreiras regulatórias que dificultam investimentos, propor alterações muito em breve, além do mapeamento de matérias-primas para permitir priorizar cadeias produtivas regionais. E, para que consigamos materialidade e impulso, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) será importante como centro de bionegócios. Vamos seguir agora com a celeridade na viabilização da personalidade jurídica do CBA em conjunto com Suframa, ME, Conselho da Amazônia e vários parlamentares da região”, explicou.

Polsin, por sua vez, destacou as atuais prioridades da Suframa, nas quais estão a regularização das terras do Diistrito Agropecuário e avanço do agronegócio de forma sustentável; a implantação de indústrias de beneficiamento que agreguem valor aos produtos regionais; a personalidade jurídica do CBA e de investimentos na bioeconomia; o aperfeiçoamento dos investimentos de P&D; a preparação do PIM – com apoio dos governos locais, das indústrias e de outras instituições – para ser um ponto de atração turística; a colaboração com o setor do comércio para suplantar os prejuízos da pandemia da Covid-19; e o avanço em atividades de cunho social, com um projeto de apoio das empresas a instituições filantrópicas.

A promoção comercial também está no foco de ações da Superintendência. “Pretendemos divulgar o modelo ZFM para os diversos atores de interesse, mostrando a sua importância estratégica para o Brasil, assim como as inúmeras janelas de oportunidades. Para isso, vamos investir na prospecção de novos negócios e na busca pela implantação de novos projetos nas diversas matrizes econômicas, não só em Manaus, mas com um olhar amplo para toda a Amazônia Ocidental e para o Amapá. A ideia é termos um Banco de Projetos confiável para podermos apresentar a agentes de governo e privados que tenham interesse em cooperar para o desenvolvimento da nossa região”, explicou.

Conselho

A reunião contou com a presença do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, do governador em exercício do Amapá, Jaime Nunes, do deputado federal Capitão Alberto Neto, além de conselheiros e representantes de entidades de classe.

Outros temas abordados durante a reunião foram a retomada das obras das vias do Distrito Industrial, parceria entre Suframa e Prefeitura de Manaus, que terá a assinatura do termo aditivo na tarde desta quinta; e a necessidade de uma reavaliação técnica para reforçar o projeto Zona Franca Verde nas Áreas de Livre Comércio da Amazônia Ocidental e Amapá.

Destaques da pauta

No segmento eletroeletrônico – um dos mais tradicionais do Polo Industrial de Manaus (PIM) – destaque para o projeto de implantação da Cal-Comp Indústria de Semicondutores para produção de circuito integrado eletrônico tipo memória, pelo adensamento da cadeia de componentes, com investimentos previstos de R$ 428 milhões e geração de 138 empregos.

Inovando na produção, a Flex Importação Exportação, aprovou projeto de diversificação para fabricação de dispositivo de monitoramento de consumo de energia elétrica com transmissão de dados (tomada inteligente), com investimentos previstos de R$ 16 milhões (R$ 9 milhões de capital fixo) e geração de 28 empregos.

No agropecuário, destaque para o projeto de implantação da WR Diniz & Cia, para culturas diversas e unidade de processamento de polpas de frutas, ocupando uma área de mil hectares no Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), investimentos previstos de R$ 5,6 milhões em cinco anos e ocupação de 73 trabalhadores, entre mão de obra fixa e variável.


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