Amazonas
Conselheiros do CRM-AM criticam situação no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto
Amarildo Brito e os outros conselheiros disseram que a gestão do hospital não tem cumprido as expectativas, especialmente no que diz respeito ao atendimento de urgência e emergência.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Amazonas, o cirurgião Amarildo Brito, criticou, em entrevista coletiva, a situação no Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, que passou a ser dirigido pela OSS Agir, empresa de Goiás que ganhou o processo do governo do Amazonas para a escolha da gestão do complexo que inclui, ainda o Instituto da Mulher D. Lindu.
O pronunciamento foi feito ao lado de outros conselheiros do CRM-AM, após o fiscal do órgão, o médico-cirurgião Fábio Bindá, horas antes, ter afirmado que o funcionamento do 28 de Agosto funcionando normalmente De acordo com o fiscal, todos os setores estavam com médicos presentes e o atendimento estava sendo realizado conforme o esperado.
Amarildo Brito e os outros conselheiros disseram que a gestão do hospital não tem cumprido as expectativas, especialmente no que diz respeito ao atendimento de urgência e emergência, e que a população continua a sofrer com a falta de infraestrutura.
Eles disseram que os médicos e os profissionais de saúde não são os responsáveis pela falta de leitos ou pela falta de medicamentos. E que a situação no 28 de Agosto é resultado de uma série de fatores administrativos e estruturais.
“Não podemos ignorar o que está acontecendo dentro dessa unidade. A mudança de gestão para a OS Agir trouxe uma série de problemas. Médicos experientes, com anos de dedicação, foram dispensados sem qualquer explicação, e as especialidades médicas estão em crise. A falta de material, a escassez de leitos e o caos na gestão são evidentes”, declarou Dr. Ademar Carlos Augusto, conselheiro efetivo do CRM.
Além disso, os conselheiros reforçaram que a mudança de gestão do hospital, com a contratação de uma organização social de fora do estado, tem gerado uma série de complicações, especialmente para os médicos locais que, segundo eles, não estão recebendo seus salários há meses. A falta de pagamento aos profissionais é uma das principais causas da insatisfação no hospital.
Segundo os conselheiros, a crise no Hospital 28 de Agosto e em outras unidades de saúde do estado é um reflexo direto da “falta de comprometimento do governo estadual com a saúde pública”. E destacaram que, apesar das graves dificuldades enfrentadas pelos médicos e pacientes, não há uma programação clara do governo para resolver a situação, e as promessas de pagamento aos profissionais de saúde têm sido ignoradas.
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