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Amazonas

Citado como financiador de respiradores revendidos à Susam tem condenação mantida no TRF1

O empresário Fábio Passos, dono da FJAP & Cia. Ltda., que vendeu os 28 ventiladores pulmonares ao governo do Amazonas por R$ 2,96 milhões, disse à CPI da Pandemia que emprestou R$ 2,5 milhões e Cristiano da Silva Cordeiro.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) manteve as condenações de empresários presos na Operação Saúva, em Manaus, em 2006, acusados de fraudarem licitações para venda de refeições e também por fornecerem alimentos estragados para órgãos federais, municipais e estaduais.

Foram mantidas as sentenças de seis empresários envolvidos no esquema, entre eles a de Cristiano da Silva Cordeiro, que, segundo depoimento à CPI da Pandemia, no Amazonas, emprestou o dinheiro para a compra de ventiladores pulmonares que foram vendidos ao Estado, com preços “superfaturados”.

O empresário Fábio Passos, dono da FJAP & Cia. Ltda., que vendeu os 28 ventiladores pulmonares ao governo do Amazonas por R$ 2,96 milhões, disse à CPI que comprou os equipamentos com R$ 2,5 milhões emprestados de Cristiano da Silva Cordeiro, da Big Trading.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Amazonas investiga os gastos do governo do Amazonas na área de saúde, com destaque para o período da pandemia de Covid-19.

De acordo com decisão da Turma do TRF1, Cristiano deve cumprir 92 anos e quatro meses de prisão em regime fechado; José Maurício Gomes de Lima, 13 anos; João Leitão Limeira, 26 anos; Ricardo de Oliveira Lobato, 21 anos; Lamark Barroso de Souza, 17 anos; Claudomira Pinto Cavalcante, 52 anos e oito meses. Todos os acusados podem recorrer das sentenças e seguir em liberdade, até o trânsito em julgado.

O Ministério Público Federal (MPF-AM) havia pedido o cumprimento de prisão preventiva dos réus, mas não foi atendido, pois os acusados não demonstraram intenção de fuga desde que a condenação em 1º grau foi expedida em 2012. A decisão do TRF1 foi tomada em abril deste ano. Os réus questionaram a competência Jusrtiça Federal em julgar o processo da Operação Saúva. A competência da Justiça Federal foi reconhecida devido aos crimes envolverem recursos federais.

No Amazonas, em um ano, na Operação Saúde, a PF e a Receita Federal apuraram fraudes em licitações e compras superfaturadas num total de mais de R$ 126 milhões. Eram alimentos adquiridos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), pelo Exército, pelo governo do Estado e pelas prefeituras de Manaus e de Presidente Figueiredo (AM).

Entre os presos à época estavam o então secretário-executivo da Fazenda do Amazonas, Afonso Lobo, o superintendente da Conab, Juscelino de Souza Moura, e Manoel Paulo da Costa, assessor do então vice-governador do Estado. O empresário Cristiano da Silva Cordeiro era considerado a “saúva-rainha” pela PF. Era dele o grupo de empresas com maior movimentação no esquema: a Gold Distribuidora de Alimentos, a Norte Distribuidora, a Distribuidora Petrolina, a Global Logística e a Big Norte.

Dono da FJAP diz à CPI que emprestou R$ 2,5 milhões para fazer a compra de ventiladores e revender à Susam

 


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