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Amazonas

Chuvas aliviam efeitos da seca no rio Negro, mas estiagem segue intensa, mostra SGB

Estimativa do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que a cota do rio na altura de Manaus (AM) chegou a 12,25 metros na 5ª feira (17/10), acima do nível mínimo recorde

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O nível do rio Negro registrou uma ligeira melhora na última semana. Estimativa do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que a cota do rio na altura de Manaus (AM) chegou a 12,25 metros na 5ª feira (17/10), acima do nível mínimo recorde de 12,11 metros registrado em 9 de outubro. A subida interrompe uma trajetória de quedas sucessivas observadas nos últimos meses.

A melhora acontece por conta da chegada das primeiras chuvas da temporada na região amazônica. No entanto, o cenário ainda preocupa. Mesmo com a melhora no nível do rio, a recuperação deverá ser lenta em toda a Amazônia, já que as chuvas de outubro continuam abaixo da média histórica para o período.

“A estação chuvosa vem acontecendo de uma forma com semanas com um pouco mais de chuvas, e outras semanas, com menos chuva. Essa forma intermitente da chuva faz com que o nível do rio, no final do período da seca, ainda se eleve de forma modesta, com pequenas subidas e possibilidade de estabilização”, explicou Marcus Suassuna, pesquisador do SGB, à Agência Brasil.

Já no Pará, o rio Tapajós segue em patamares históricos mínimos. No último dia 13, ele registrou seu pior índice da série histórica, com medição de -16 centímetros. Segundo a Defesa Civil de Santarém, a seca do Tapajós deixou pelo menos 9 mil famílias isoladas, sem acesso a serviços básicos ou abastecimento de alimentos e água potável.

A Folha informou que o governo do Pará iniciou a distribuição de cestas básicas e água para 5,5 mil famílias de 187 comunidades ribeirinhas e quilombolas afetadas pela seca no estado. A distribuição está sendo feita através de barcos e aeronaves pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros. O Pará Terra Boa também repercutiu essa informação.

A seca também afetou as atividades escolares das comunidades ribeirinhas de Santarém, destacou o g1. Com o nível das águas baixando drasticamente, o transporte de alunos tornou-se inviável em várias regiões. A secretaria municipal da educação criou um comitê de crise para analisar as ações possíveis para dar continuidade às aulas, bem como atender às necessidades alimentares dos alunos.

Como o Pará Terra Boa apontou aqui, dados da Agência Nacional de Águas (ANA) indicam que 100% do território paraense (cerca de 1,248 milhão de km2) estão sob influência da seca em algum nível. Segundo a ANA, houve uma intensificação da seca com o avanço da seca grave de 1% para 3% do estado, o cenário mais severo registrado nos últimos meses.

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