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Amazonas

Capital do Amazonas tem 629.888 domicílios com moradores; 164.133 são alugados

Domicílios: Aluguel atinge 18% no Amazonas e 26% em Manaus

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Em 2022, o estado do Amazonas registrou 1.079.481 domicílios, com 629.888 (58%) localizados em Manaus. Casas individuais predominam em ambas as regiões, representando 85,44% no estado e 77,67% na capital. Os dados são do “Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios – Resultados preliminares da amostra”, divulgado hoje (12) pelo IBGE.

Em termos de materiais, 66,5% das residências no Amazonas e 87,12% em Manaus são construídas com alvenaria ou taipa revestida.
A maioria dos domicílios (74,13% no Amazonas e 66,34% em Manaus) é própria, sendo a condição de aluguel mais prevalente em Manaus (26,06%).

No Amazonas, 46,79% dos domicílios não tinham moradores com 14 anos ou menos, enquanto em Manaus, essa proporção foi de 53,43%. A distribuição de cômodos é semelhante nas duas regiões, com predominância de casas de 5 a 9 cômodos.

No Amazonas, 65,28% dos domicílios possuem um banheiro, e 56,55% têm máquina de lavar roupas, sendo esses números mais elevados em Manaus. A infraestrutura habitacional no estado varia bastante, com alguns municípios enfrentando grandes desafios, como a falta de banheiro exclusivo em muitos domicílios em áreas mais remotas.

Proporção de domicílios alugados
Em Manaus, 26,06% dos domicílios eram alugados, contra 18,48% no Amazonas, refletindo maior urbanização na capital.
Composição familiar em Manaus e Amazonas
Em ambos os locais, a maioria dos domicílios tem entre 2 e 3 moradores, com Manaus apresentando uma ligeira maior concentração de casas menores.

Tipos de domicílios
De acordo com o Censo 2022, o estado do Amazonas possui 1.079.481 domicílios particulares ocupados, dos quais 629.888 estão em Manaus, representando 58% do total estadual. Casas individuais predominam tanto no estado quanto na capital, correspondendo a 85,44% no Amazonas e 77,67% em Manaus.

Apartamentos são mais comuns em Manaus (16,62%) do que na média estadual (10,64%). Habitações em casas de cômodos ou cortiços são mais presentes em Manaus (1,03%) do que no Amazonas como um todo (0,68%). O estado apresenta 2.168 habitações indígenas sem paredes ou malocas, exclusivas fora de Manaus. Por fim, estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas representam apenas 0,05% dos domicílios em ambas as áreas.

Os cinco municípios do Amazonas com os maiores percentuais de domicílios particulares permanentes do tipo casa em 2022 foram Envira (100%), Anamã (100%), Guajará (99,9%), Urucurituba (99,9%) e Tonantins (99,8%), refletindo uma predominância total desse tipo de moradia nessas localidades. Por outro lado, os menores percentuais foram registrados em Manaus (77,7%), Barcelos (82,1%), Santa Isabel do Rio Negro (84,3%), Tabatinga (89,0%) e Atalaia do Norte (90,2%), indicando maior diversidade nos tipos de habitação.

Além das casas, outros tipos de domicílios incluem apartamentos, cômodos em cortiços ou em moradias coletivas, e habitações improvisadas. Diferentemente das casas, que são estruturas independentes, os apartamentos são unidades em edificações maiores, geralmente mais comuns em áreas urbanas densas, como Manaus. Já as habitações improvisadas refletem situações de precariedade habitacional, muitas vezes associadas à falta de planejamento urbano ou condições socioeconômicas adversas.

Domicílios com crianças
Em Manaus, 53,43% dos domicílios não possuem moradores com 14 anos ou menos, superando a média estadual de 46,79%.
Acesso a banheiros exclusivos
Em Manaus, 1,2% dos domicílios não possuem banheiro exclusivo, uma taxa muito menor do que no Amazonas, onde esse número é 10,14%.

 

Tipos de materiais paredes
No estado do Amazonas, a maioria das residências particulares (66,5%) é construída com alvenaria ou taipa com revestimento, enquanto em Manaus esse percentual é significativamente maior, chegando a 87,12%. O uso de alvenaria sem revestimento é semelhante nos dois casos, com 9,23% no estado e 9,16% na capital. A madeira para construção é amplamente utilizada no Amazonas (22,35%), mas tem baixa representatividade em Manaus (2,72%). Materiais alternativos, como madeira aproveitada de tapumes e outros materiais, representam percentuais pequenos, variando de 0,5% a 0,59% no estado e de 0,22% a 0,51% na capital. Por fim, o número de domicílios sem parede é irrelevante, correspondendo a apenas 0,03% no Amazonas e inexistente em Manaus.

Os cinco municípios com maior percentual de domicílios particulares edificados em alvenaria no Amazonas em 2022 foram: Manaus (87,1%), que, como capital, apresenta maior urbanização e acesso a materiais de construção; Iranduba (59,8%), próximo à capital e beneficiado pelo crescimento de infraestrutura; Presidente Figueiredo (57,3%), com expansão turística e urbana; Itacoatiara (57,0%), importante centro econômico e agrícola; e Manacapuru (55,5%), com significativa proximidade a Manaus. Por outro lado, os cinco municípios com menor percentual foram: Anamã (1,0%), Careiro da Várzea (4,6%), Canutama (6,5%), Itamarati (8,9%) e Beruri (10,5%), que apresentam características predominantemente rurais, infraestrutura limitada e menor acesso a materiais industrializados.
Os domicílios construídos em alvenaria são essenciais para a qualidade de vida da população. Do ponto de vista social, refletem maior estabilidade e segurança habitacional, promovendo o bem-estar das famílias. Economicamente, representam um investimento em infraestrutura durável, valorizando os imóveis e impulsionando o desenvolvimento local. Na saúde, tais edificações oferecem melhor proteção contra condições climáticas adversas e doenças relacionadas à precariedade habitacional, contribuindo para a redução de vulnerabilidades e melhoria das condições sanitárias.

Condição de ocupação
No Amazonas, em 2022, o Censo indicou que 74,13% dos domicílios eram próprios de algum morador, sendo a maioria já quitados (69,45%), enquanto 4,68% ainda estavam sendo pagos. Em Manaus, a proporção de domicílios próprios foi menor, representando 66,34%, com 60,38% quitados e 5,96% em pagamento. A condição de aluguel foi mais prevalente em Manaus (26,06%) do que no estado como um todo (18,48%). Domicílios cedidos ou emprestados representaram 6,43% no Amazonas e 6,74% em Manaus, com a maioria cedida por familiares. A categoria “outra condição” foi marginal, correspondendo a menos de 1% em ambas as regiões.

A moradia em domicílios alugados reflete tanto aspectos sociais quanto econômicos das populações que optam ou precisam aderir a esse modelo de habitação. Em geral, aluguéis são mais comuns em áreas urbanas onde há maior concentração de atividades econômicas, acesso a serviços e dinamismo no mercado imobiliário. Esse tipo de ocupação tende a ser escolhido por famílias que têm mobilidade maior em busca de oportunidades, ou que não possuem os recursos necessários para adquirir um imóvel próprio. Assim, o percentual de domicílios alugados pode ser um indicador indireto de fatores como urbanização, fluxo migratório e desigualdade econômica.
Os cinco municípios com maior percentual de domicílios alugados no Amazonas em 2022 foram: Manaus (26,1%), que concentra grande parte da atividade econômica e urbana do estado; Presidente Figueiredo (17,3%), conhecido por sua expansão turística e proximidade da capital; Apuí (15,0%), uma região em crescimento agropecuário; Tabatinga (14,4%), importante polo na tríplice fronteira; e Humaitá (13,4%), que se destaca por sua localização estratégica na BR-319. Por outro lado, os municípios com menor percentual foram: Maraã (1,6%), Anamã (1,9%), Ipixuna (1,9%), Itamarati (2,5%), e Careiro da Várzea (3,0%), que apresentam características mais rurais e populações menos urbanizadas, onde o modelo de propriedade direta ainda prevalece.

Número de moradores com 15 anos ou mais de idade
No Amazonas, em 2022, o total de domicílios particulares permanentes ocupados foi de 1.079.481. Entre eles, 16,72% (180.515) tinham apenas 1 morador com 15 anos ou mais, enquanto a maioria, 40,52% (437.358), abrigava 2 moradores. Domicílios com 3 moradores representaram 21,18% (228.647), e aqueles com 4 moradores ou mais correspondiam a 21,57% (232.851), refletindo uma distribuição relativamente equilibrada entre as categorias de maior composição familiar.
Em Manaus, o total de domicílios foi de 629.888. Destes, 19,47% (122.637) eram ocupados por apenas 1 morador com 15 anos ou mais, e 40,5% (255.093) por 2 moradores, configurando a maioria. Já 21,86% (137.700) tinham 3 moradores, enquanto 18,16% (114.380) possuíam 4 ou mais moradores, evidenciando uma tendência levemente maior de domicílios menores na capital em relação ao estado como um todo.
Tabela 9929 – Domicílios particulares permanentes ocupados, por condição de ocupação do domicílio, segundo o número de moradores com 15 anos ou mais de idade e número de moradores com 14 anos ou menos de idade.

Os cinco municípios do Amazonas com maior percentual de domicílios com apenas um morador de 15 anos ou mais em 2022 foram Rio Preto da Eva (23,9%), Presidente Figueiredo (21,0%), Manaus (19,5%), Boca do Acre (17,9%) e Manaquiri (17,6%), destacando-se por maior urbanização e alta concentração de domiílios de uso ocasional, onde geralmente mora apenas o caseiro. Por outro lado, os municípios com menor percentual foram Boa Vista do Ramos (7,8%), Itamarati (7,9%), Nhamundá (7,9%), Ipixuna (6,4%) e Tonantins (5,2%), refletindo características de menor urbanização e predominância de lares com mais integrantes adultos.

Domicílios com moradores com 14 anos ou menos de idade
No Amazonas, em 2022, entre os 1.079.481 domicílios particulares permanentes ocupados, 46,79% (505.130) não tinham moradores com 14 anos ou menos de idade. Outros 26,17% (282.452) contavam com 1 morador nessa faixa etária, enquanto 15,59% (168.338) abrigavam 2 moradores jovens. Já os domicílios com 3 ou mais moradores de 14 anos ou menos correspondiam a 11,45% (123.562), refletindo uma presença significativa de lares sem crianças ou adolescentes.
Em Manaus, dos 629.888 domicílios, 53,43% (336.529) não tinham moradores com 14 anos ou menos, uma proporção maior que a observada no estado como um todo. Domicílios com 1 morador dessa faixa etária representaram 26,08% (164.293), enquanto 13,57% (85.452) tinham 2 moradores jovens. Por fim, apenas 6,92% (43.614) abrigavam 3 ou mais moradores de 14 anos ou menos, indicando uma tendência de lares menores e com menos crianças na capital.

Os cinco municípios do Amazonas com maior percentual de domicílios com três ou mais moradores de 14 anos ou menos de idade em 2022 foram São Paulo de Olivença (36,8%), Santo Antônio do Içá (34,5%), Jutaí (32,1%), Japurá (31,0%) e Tonantins (30,7%), evidenciando populações predominantemente jovens em áreas de menor urbanização. Já os municípios com menor percentual foram Presidente Figueiredo (8,5%), Boca do Acre (8,1%), Apuí (8,1%), Manaus (6,9%) e Rio Preto da Eva (10,0%), onde a urbanização e o menor tamanho médio das famílias influenciam a composição demográfica.

Número de cômodos
No Amazonas, em 2022, dos 1.079.481 domicílios particulares permanentes ocupados, a maioria tinha entre 5 cômodos (23,74%, 256.230 unidades) e de 6 a 9 cômodos (26,05%, 281.188 unidades). Domicílios com 4 cômodos representaram 21,41% (231.066), enquanto aqueles com 3 cômodos foram 17,07% (184.218). Apenas 7,61% (82.191) tinham 2 cômodos, e 1,89% (20.451) eram compostos por apenas 1 cômodo. Os imóveis com 10 cômodos ou mais correspondiam a 2,24% (24.137) do total.
Em Manaus, dos 629.888 domicílios, a distribuição foi semelhante, com prevalência de 5 cômodos (23,82%, 150.054 unidades) e de 6 a 9 cômodos (25,02%, 157.601 unidades). Domicílios com 4 cômodos representaram 21,7% (136.717), enquanto 18,61% (117.194) possuíam 3 cômodos. Imóveis com 2 cômodos corresponderam a 7,32% (46.113), e aqueles com apenas 1 cômodo eram 0,74% (4.647). Por fim, 2,79% (17.561) tinham 10 cômodos ou mais, refletindo uma ligeira maior concentração de imóveis maiores na capital.

A quantidade de cômodos em um domicílio é um fator crucial para o conforto das famílias, pois influencia diretamente a privacidade, a funcionalidade dos espaços e a ventilação. Moradias com um número adequado de cômodos permitem uma melhor organização das atividades cotidianas e contribuem para a qualidade de vida dos moradores, evitando situações de superlotação que podem impactar negativamente a saúde e o bem-estar, especialmente em famílias numerosas.
Entre os municípios do Amazonas, os cinco maiores percentuais de domicílios com 4 cômodos em 2022 foram observados em Manaquiri (28,2%), Careiro da Várzea (25,6%), Manacapuru (25,5%), Autazes (25,3%) e São Sebastião do Uatumã (24,5%), evidenciando uma predominância de moradias de tamanho moderado. Por outro lado, os menores percentuais foram registrados em Atalaia do Norte (12,6%), Santa Isabel do Rio Negro (12,7%), São Gabriel da Cachoeira (15,2%), Itamarati (15,9%) e Carauari (16,4%), refletindo condições habitacionais mais compactas ou uma possível limitação de recursos para a construção de casas maiores.

Em Manaus, 66,34% dos domicílios eram próprios de algum morador, com maior concentração nos imóveis de 6 a 9 cômodos (19,94%), seguidos pelos de 5 cômodos (17,44%) e 4 cômodos (13,83%). Apenas 0,44% dos domicílios próprios tinham 1 cômodo, e 2,4% possuíam 10 cômodos ou mais.
Os imóveis alugados representaram 26,06% do total. A maioria tinha 3 cômodos (7,88%), enquanto os de 5 cômodos (4,94%) e 6 a 9 cômodos (3,81%) também foram significativos. Imóveis alugados com apenas 1 cômodo eram raros, somando 0,16%, e 0,27% tinham 10 cômodos ou mais.
Os domicílios cedidos ou emprestados correspondiam a 6,74%. Entre eles, 1,72% tinham 3 cômodos, e 1,71% contavam com 4 cômodos. Os imóveis com 1 cômodo eram 0,1% e os com 10 cômodos ou mais, 0,09%, indicando que a maioria dessas unidades está concentrada em tamanhos intermediários.
Por fim, 0,86% dos domicílios estavam sob outra condição de ocupação. Desses, a maior parte se encontrava em imóveis de 6 a 9 cômodos (0,2%) e de 5 cômodos (0,18%), enquanto os de 1 cômodo correspondiam a apenas 0,03%.


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