Amazonas
Boletim da Fundação de Vigilância em Saúde aponta 50 mortes por vírus respiratórios em 2024 no Amazonas, até o dia 21 de setembro
No Amazonas, de 1º de janeiro a 21 de setembro, foram registrados 3.569 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG),.
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), unidade da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), atualiza, nesta segunda-feira (23/09), o Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios no Amazonas. Em 2024, até 21 de setembro, foram registrados 50 óbitos por vírus respiratórios. O documento está disponível em www.fvs.am.gov.br.
No Amazonas, de 1º de janeiro a 21 de setembro, foram registrados 3.569 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 74 casos nas últimas três semanas (01/09 a 21/09). Desses 3.569 casos notificados de SRAG, foram 1.521 SRAG por vírus respiratórios, sendo 16 nas últimas 3 semanas.
Nas últimas três semanas (01/09 a 21/09), as faixas etárias mais atingidas foram: de 1 a 4 anos (43,8%); crianças menores de 1 ano (31,3%); mas há também ocorrência de crianças de 5 a 9 anos (12,5%).
É importante destacar que, nas últimas três semanas, os vírus respiratórios mais identificados em amostras laboratoriais foram: Rinovírus (28,7%), Adenovírus (7,7%) e Bocavírus (1,8%).
Para prevenir a SRAG, a recomendação é a adoção de medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras de proteção respiratória, manter as mãos higienizadas, etiqueta respiratória e a vacinação contra covid-19 e influenza.
Ministério
Em 2024, foram registradas mais de 112 mil hospitalizações e 7 mil óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Desses óbitos, 25% foram por covid-19, sobretudo em pessoas com 60 anos ou mais, segundo o Informe da Semana Epidemiológica 35, segundo o Ministério da Saúde, que reforçou a importância da vacinação contra influenza e contra a covid-19, especialmente para os idosos.
O relatório InfoGripe da Semana Epidemiológica 35, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça a estatística e informa que 17 estados brasileiros apresentam tendência de alta de SRAG a longo prazo: AL, AP, AM, CE, DF, ES, GO, MG, PB, PR, PE, PI, RJ, RR, SC, SP e SE.
“Oferecemos o imunizante mais atualizado contra a covid-19 no SUS. Além disso, acabamos de dar início à vacinação contra a influenza na região Norte e há vacina disponível também nas demais regiões. As duas vacinas protegem contra casos graves e evitam óbitos por esses vírus”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
A pessoa que apresentar sintomas compatíveis com síndrome gripais, tais como febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar, deve procurar imediatamente o serviço de saúde e seguir as orientações médicas.
O uso de máscaras, preferencialmente PFF2 ou N95, é indicado para profissionais em ambientes assistenciais, conforme as recomendações da Anvisa, para pessoas com sintomas respiratórios e também para a proteção de pessoas saudáveis, especialmente aquelas que fazem parte dos grupos de risco ou frequentam ambientes aglomerados e mal ventilados.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, ainda, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da covid-19 em pessoas acima de 65 anos ou imunocomprometidas, com teste positivo há menos de cinco dias. É necessária atenção ao protocolo de manejo clínico dos casos de gripe para uso adequado do antiviral oseltamivir.
Vacina contra covid-19
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra a covid-19 para os seguintes grupos prioritários:
pessoas com 60 anos ou mais;
pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores;
pessoas imunocomprometidas;
indígenas;
ribeirinhos;
quilombolas;
gestantes e puérperas;
trabalhadores da saúde;
pessoas com deficiência permanente;
pessoas com comorbidades;
pessoas privadas de liberdade (a partir de 18 anos);
funcionários do sistema de privação de liberdade;
adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e
pessoas em situação de rua.
A vacinação é recomendada no calendário de rotina para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade. Pessoas entre cinco e 59 anos de idade que não fazem parte dos grupos prioritários e nunca foram vacinadas podem receber o esquema primário (uma dose da vacina XBB).
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação contra a gripe para redução das hospitalizações e óbitos por influenza, que está orientada para pessoas acima de seis meses de idade, conforme a disponibilidade de doses e necessidade local, nas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, e continuará até o fim dos estoques.
Considerando a diferença de sazonalidade da influenza no Brasil, a campanha na região Norte teve início na última segunda-feira, 2 de setembro. Em 2023, o Ministério da Saúde mudou a estratégia de imunização, tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, para atender às particularidades climáticas da região, que inicia nesta época do ano o “Inverno Amazônico”. Este é o período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.
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