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Amazonas

‘Assembleia do AM que homenageia de forma justa àqueles que salvaram vidas é a mesma que não assina a CPI”, diz deputado

Deputado denunciou o “caos na saúde pública do Estado, como a chuva que alagou o Hospital João Lúcio, na última segunda-feira, 30, após o telhado da unidade desabar”.

Deputado cobrou rigidez da nova Mesa Diretora da casa Legislativa – Foto: Danilo Mello / Aleam

O deputado estadual Wilker Barreto usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira, 31, para repercutir o título de Cidadão Amazonense concedido pelo Parlamento estadual ao comediante Whindersson Nunes, após o artista doar cilindros de oxigênio durante a segunda onda da Covid-19 no Estado, em janeiro deste ano. Em pronunciamento na Sessão Ordinária, o parlamentar concordou com a homenagem feita pela Casa, mas criticou a falta de vontade do Legislativo estadual em investigar os responsáveis pela crise do oxigênio, que culminou na morte de 31 pessoas devido ao desabastecimento do insumo nos hospitais.

Para Barreto, a atitude da Casa Legislativa em reconhecer os gestos solidários de artistas durante a pandemia é justa, mas não avançar nas investigações para apurar os responsáveis pelas mortes no Estado é uma vergonha.

“Reitero a importância de nós homenagearmos famosos e anônimos, mas me incomoda quando vejo que a Assembleia que irá bater palmas àqueles que salvaram vidas é a mesma que não investiga o colapso do oxigênio. É a mesma que se acovarda e que falta com respeito ao povo do Amazonas de investigar quem são os responsáveis pelas mortes”, afirmou o deputado.

O deputado aproveitou para cobrar dos colegas parlamentares a abertura da CPI da Asfixia, que possui apenas seis de oito assinaturas necessárias para sua instalação na Casa Legislativa. Segundo Wilker, a demora pela instauração da Comissão é uma manobra da base governista.

“Se a Assembleia não abrir a CPI da Asfixia, será responsabilizada pela sociedade como cúmplice de assassinato, porque o que aconteceu no Amazonas foi assassinato. Deixaram faltar oxigênio para dezenas de pessoas e esta Casa se apressa em dar medalhas. Mas a mesma caneta que assinou a medalha, é a mesma que se recusa a investigar. A CPI não sai porque o governo não quer. É um governo que quando vai para os meios de comunicação sustenta que fez o que estava ao seu alcance, mas é o mesmo governo que dá o comando para sua base não assinar a CPI”, ponderou Barreto.

‘Caos na saúde’

O deputado aproveitou a sessão ordinária para denunciar o caos na saúde pública do Estado, como a chuva que alagou o Hospital João Lúcio, na última segunda-feira, 30, após o telhado da unidade desabar, uma semana depois do mesmo hospital sofrer com a falta de energia devido o gerador parar de funcionar.

Outra revelação de Barreto foi a situação dos equipamentos de exames laboratoriais do Hospital Platão Araújo, que segundo ele estão em péssimas condições de uso, dificultando o diagnóstico de pacientes.

“Uma saúde de R$ 2,6 bilhões já empenhados, um governo que já gastou R$ 300 milhões só de dispensa de licitação, e olha o serviço que é ofertado para o nosso povo. Isso é muita insensibilidade”, finalizou Wilker.


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