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Amazonas

Após operação da PF envolvendo governador do AM, deputado cobra retomada do processo de impeachment

Wilker Barreto cobrou que o presidente Josué Neto dê celeridade ao processo de impeachment , após a operação da PF investigar possíveis crimes como pertencimento a organização criminosa, corrupção e fraude a licitação.

O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) pediu nesta terça-feira, 30, que o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), volte a formar a comissão especial para analisar o processo de impeachment do governador do Amazonas, Wilson Lima, e de seu vice, Carlos Almeida.

Para o parlamentar, a operação Sangria, deflagrada pela Polícia Federal e que cumpriu mandados de busca e apreensão na sede do Governo e na casa do governador, reforça que já existem elementos suficientes para o Legislativo iniciar o pedido de afastamento dos gestores do Estado.

Em seu pronunciamento na Sessão Ordinária virtual, Wilker cobrou que o presidente Josué Neto dê celeridade ao processo de impeachment na Casa, após a operação da PF investigar possíveis práticas de crimes como pertencimento a organização criminosa, corrupção, fraude a licitação e desvio de recursos públicos federais na gestão de Wilson Lima.

“Peço com urgência que o presidente Neto dê andamento ao processo de impeachment do governador e do vice. Hoje os amazonenses acordaram com uma notícia trágica com operação da PF e prisões, mas ao mesmo tempo, com sentimento de libertação. Esta Casa precisa tomar providências duras e ter um posicionamento firme, sob pena da sociedade julgar a Assembleia por omissão ou conluio”, explicou Wilker.

O deputado pediu, ainda, que o Parlamento cumpra o seu papel de fiscalizar o Executivo, alvo de operação que realizou a prisão temporária de 8 pessoas suspeitas de atuarem num esquema criminoso dentro do Governo que desviava recursos públicos federais, destinados a atender as necessidades da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Entre os presos, está a secretária estadual de saúde (Susam), Simone Papaiz.

“As investigações apontaram que existe uma quadrilha devidamente aparelhada dentro do governo, uma resposta do que já sabíamos dentro dos trabalhos da CPI da Saúde. Tanto o governador quanto o vice tinham total conhecimento do que acontecia no Estado. Se pegaram no dinheiro ou não, só o fato de ter ciência já é prevaricação. Agora, eu gostaria de saber se esta Casa ficará do lado do povo ou vai defender um governo que, para muitos, já acabou? A Assembleia tem um compromisso moral para com o povo e não com um governo”, ponderou Barreto.

Impeachment

No dia 22 de abril, o pedido de impeachment contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, e do seu vice, Carlos Almeida, foi protocolado pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) e aceito pelo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Josué Neto (PRTB), oito dias depois.

Em 18 de dezembro de 2019, os deputados estaduais Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (Podemos), também ingressaram com o impeachment do governador do Amazonas, Wilson Lima, e do vice-governador, Carlos Almeida Filho, pela prática de crimes de responsabilidade e improbidade administrativa. No entanto, a Mesa Diretora da Aleam decidiu pelo arquivamento do pedido.


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