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Amazonas

Após denúncia, familiares são proibidos de visitar trabalhadora em saúde sequelada de Covid-19, diz presidente do Sindipriv

Técnica em enfermagem está em fase terminal no Hospital Doutor Platão Araújo

Técnica em enfermagem luta para sobreviver após sequelas da Covid-19

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, informou nesta quarta-feira (04/08) que familiares da técnica em enfermagem Keila Marinho Monteiro, que luta contra as sequelas de Covid-19, e está internada com trombose no Hospital Doutor Platão Araújo, em Manaus, desde a semana passada, estão sendo impedidos de visitar a profissional.

Segundo a presidente do Sindipriv-AM, os parentes de Keyla informaram que a medida adotada pela direção do hospital foi em retaliação pela reportagem do 18 Horas/Rádio Mix FM no último dia 2 de agosto que apresentou a denúncia de falta de assistência médica à Keyla. Graciete Mouzinho informou que o quadro da trabalhadora é gravíssimo e irreversível.
“O que está deixando triste a família, neste momento, é que a família está querendo se despedir da Keyla, porque sabem que ela está indo aos pouquinhos, mas estão sendo proibidos de entrar. Agora, tudo é a denúncia que eu fiz. Como pode proibir a família de um ente querido?”, indagou a sindicalista.

Graciete Mouzinho ressaltou que a profissional de saúde não voltará com vida para casa em razão da gravidade do quadro. “O tratamento dela é paliativo, está ali só para esperar o momento. O que queremos é que a família entrar para se despedir, para conversar. Ela tem irmãos. Ela não é sozinha. Ela tem família. Todos nós temos o direito de visitar um ente querido que se encontra em um hospital”, disse a presidente.

De acordo com a sindicalista, há outros profissionais de saúde sequelados de Covid-19 e também com trombose, situação similar a da técnica de enfermagem. “Têm várias ‘Keylas’ sequeladas, vários colegas nossos que com principio de trombose e não tem como marcar uma consulta com um vascular pelo SUS. E a consulta particular chega de R$ 300 a 400. Como eles vão pagar uma consulta particular se ele recebe R$ 1.582,00, não recebe risco de vida, não tem ticket-alimentação? Ele não tem como pagar uma consulta particular. Seria justo que o governo desse apoio a esses profissionais colocando médicos à disposição”, declarou.

Na última terça-feira (03), o deputado estadual Wilker Barreto (sem partido) apresentou, nesta terça-feira (03/08), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), requerimento solicitando ao secretário estadual de Saúde (SES-AM), Anoar Abdul Samad, informações acerca dos profissionais da saúde sequelados pelo novo Coronavírus (Covid-19) no Estado, bem como os atendimentos oferecidos pelo Governo aos respectivos trabalhadores e suas famílias. Para Barreto, a falta de assistência médica do Executivo com a categoria é um grave descaso do Poder Público com os profissionais que atuaram na linha de frente do combate à pandemia.

Sindicato pede atendimento a técnica de enfermagem que sofre sequelas da Covid-19 no Amazonas


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