Amazonas
Ao recepcionar Bolsonaro, Wilson Lima promove aglomeração e descumpre o próprio Decreto contra Covid-19
Wilson Lima inaugurou ao lado do presidente Jair Bolsonaro a segunda etapa do Centro de Convenções Vasco Vasques
Ao recepcionar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a inauguração do Centro de Convenções Vasco Vasques, na zona centro-oeste de Manaus, nesta sexta-feira (23/04), o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), descumpriu o próprio Decreto que determina restrições de circulação de pessoas para combater a propagação da Covid-19 no Estado. A primeira medida do protocolo de prevenção contra a covid-19 publicada no decreto nº 43.722, de 16 de abril de 2021, manda limitar o número de pessoas nos ambientes para evitar aglomeração.
Nesta sexta-feira, as imagens mostram que houve aglomerações dentro e fora do Centro de Convenções Vasco Vasques, sem que as autoridades estaduais tomassem qualquer medida para evitar.
Entre as novas medidas assinadas por Wilson no decreto nº 43.722 está a que proíbe a realização de reuniões comemorativas nos espaços públicos, independentemente da quantidade de público.
Durante a cerimônia, centenas de pessoas disputaram espaço para se aproximar do palco montado para o evento, sem nenhum distanciamento social, na presença as mesmas forças de segurança que têm fechado estabelecimentos e combatido aglomerações em Manaus.
Os manifestantes vaiar e viraram de costas para o palco durante o pronunciamento de Wilson Lima, que mais uma vez decretou o fim da pandemia no Estado.
No dia 6 de abril, a Polícia Civil interceptou um barco de luxo, com cerca de 70 pessoas, em um evento com a participação de turistas brasileiros e estrangeiros por “desrespeito a medidas de prevenção à Covid-19, como uso de máscara e distanciamento “. Todos foram conduzidos à delegacia para investigação do crime de descumprimento de medidas sanitárias, com base no Artigo 268 do Código Penal”.
Na última segunda (19), trabalhadores do setor de eventos fizeram uma manifestação em frente à sede do governo do Estado, na Zona Oeste de Manaus, pedindo o retorno das atividades. O presidente da Associação Amazonense das Empresas e Profissionais de Eventos (AAMEPE), Fúlvio Porto, disse que o grupo não entendia a liberação de atividades como bares e restaurantes, enquanto a realização de eventos permanece proibida.
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