Amazonas
Amazônia tem baixo potencial agrícola em áreas desmatadas, diz estudo
Levantamento identifica 4 milhões de hectares que poderiam ser destinados à restauração florestal

Foto: Agência Brasil
Um estudo do projeto Amazônia 2030, divulgado no domingo (29.mar.2025), revelou que a maior parte das áreas desmatadas na Amazônia tem baixo potencial agrícola. A pesquisa, uma colaboração entre o Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) e o Centro de Empreendedorismo da Amazônia, analisou 5,7 milhões de hectares de vegetação secundária. Eis a íntegra (PDF – 2 MB). Os dados de 2023 mostram que 71% dessas áreas, ou 4,04 milhões de hectares, possuem baixa aptidão para a agricultura. Em contrapartida, apenas 29%, equivalentes a 1,7 milhão de hectares, têm alto potencial para a produção de grãos.
A análise identificou que os Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso abrigam as maiores extensões de vegetação secundária com baixo potencial agrícola. Essas áreas estão distribuídas entre propriedades privadas, terras públicas não destinadas, áreas com CAR (Cadastro Ambiental Rural) e assentamentos rurais. O estudo também revelou que mais de 90% dos desmatamentos na Amazônia são ilegais, muitas vezes realizados sem considerar o potencial produtivo do solo. Isso leva ao abandono de áreas desmatadas que não atendem às expectativas de produção, iniciando um processo natural de restauração.
Os resultados serão apresentados ao Serviço Florestal Brasileiro, do Ministério do Meio Ambiente. Amaral expressou a expectativa de que políticas específicas sejam desenvolvidas, especialmente no Pará, onde ocorrerá a Conferência do Clima 30 em novembro.
Além das áreas com vegetação secundária, o levantamento identificou 29,7 milhões de hectares de terras desmatadas com baixa aptidão para a produção de grãos, mas sem cobertura vegetal. A metodologia incluiu a sobreposição de dados espaciais, análise de mapas de uso e cobertura da terra, e avaliação da perda de vegetação secundária em relação às queimadas, utilizando o mapa de cicatrizes de fogo do MapBiomas.
Com informações do site Poder 360
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