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Amazonas

Amazonas teve maior crescimento de mortes em casa; 149%, informa site da BBC Brasil

No Brasil, o total de mortes em casa cresceu em média 10,4%, no período entre 16 de março e 30 de abril.

Levantamento feito pelo Portal da Transparência dos Cartórios aponta que o Amazonas teve o maior crescimento médio de mortes em casa entre os Estados do País, entre 16 de março e 30 de abril, com relaçao ao mesmo período de 2019, durante a pandemia do novo coronavírus. As informações são do site da BBC Brasil. Com o sistema de saúde em colapso, Manaus enfrenta falta de UTIs para pacientes de covid-19

No Brasil, o total de mortes em casa cresceu em média 10,4%, no período entre 16 de março e 30 de abril. Foram 27.217 óbitos no ambiente domiciliar, o que representa 20,1% do total de registros de óbitos feitos pelos Cartórios de Registro Civil desde a primeira morte por covid-19 (16 de março), de acordo com os números do Portal da Transparência do Registro Civil.

Também registraram aumentos expressivos nas mortes no domicílio o Distrito Federal (31,1%), o Paraná (21,8%) e Pernambuco (20,3%). Em São Paulo, onde há o maior número de casos e mortes devido à pandemia, a alta foi de 14,5% em relação ao mesmo período de 2019.

As mais de 27 mil mortes em casa contabilizadas pelos cartórios englobam todas as causas, não apenas Covid-19. Há 204 atribuídas à doença causada pelo novo coronavírus, outras 105 à Síndrome Respiratória Aguda Grave, 1.471 a pneumonia, 1.884 a insuficiência respiratória, 684 por septicemia (infecção generalizada) e 594 por causa indeterminada. Os dados do portal atribuem apenas uma causa a cada óbito, para que não haja dupla contagem.

Os números são os primeiros a dar um panorama nacional sobre as mortes dentro do domicílio. As autoridades de saúde mantêm um registro por local de óbito (hospital, outro estabelecimento de saúde, domicílio, via pública, outros, ignorado) no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), na plataforma do DataSUS, que é atualizada mensalmente ou uma vez por ano, a depender do Estado.

A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que mantém o portal, ressalta que os números podem ser ainda maiores. O prazo de 24 horas para registro do falecimento, por exemplo, pode ser expandido para até 15 dias em alguns casos. Os cartórios, por sua vez, têm até 8 dias para enviar os dados à Central Nacional, de acordo com a norma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Até quarta (06/05), a plataforma contabilizava 8.553 mortes por covid-19 ou suspeitas, número próximo do registrado pelo Ministério da Saúde (8.536), que só contabiliza os casos confirmados.


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