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Amazonas

Amazonas tem crescimento de 4,4% na produção industrial em junho, diz pesquisa do IBGE

Estado amazonense se destacou no avanço da produção industrial em relação a 15 estados

O Amazonas cresceu 4,4% na produção industrial em junho deste ano, conforme Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgada, hoje (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês de fevereiro de 2020, antes da pandemia, a indústria amazonense tinha alcançando o percentual de 9,4%.

Conforme o IBGE, dois locais foram destaques na expansão. Com a alta de 10,5%, a Bahia teve a segunda taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde julho de 2020 (11,7%). A Região Nordeste (6,4%) interrompeu seis meses seguidos de queda na produção. Nesse período acumulou perda de 21,1%.

Os demais resultados positivos em junho ficaram com o Amazonas (4,4%) e o Ceará (3,8%). Por causa da importância, a alta do Rio de Janeiro (2,8%), exerceu a maior influência nos números positivos da indústria. O bom desempenho de metalurgia e do setor de derivados do petróleo no mês levou o estado a anotar a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 10,3% no período.

A segunda maior influência positiva no indicador, o resultado na Bahia foi puxado pelo bom resultado do setor de derivados do petróleo, muito atuante na indústria baiana. O ganho acumulado atingiu 11,1%. Os números do estado ajudaram o desempenho positivo da Região Nordeste, onde os setores de derivados de petróleo e o de couro, artigos de viagens e calçados também contribuíram para a elevação. O Amazonas (4,4%) e o Ceará (3,8%) completam os locais com alta na produção industrial no mês.

Queda

Dez dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) registraram queda na produção industrial em junho. Os principais recuos foram no Paraná (5,7%) e no Pará (5,7%). A redução em São Paulo (0,9%) também pesou no resultado. O Paraná marcou a terceira queda consecutiva e acumulou no período retração de 10,2%. 

O Pará intensificou a redução de 2,4% registrada em maio. Os outros estados que tiveram queda na produção em junho foram Pernambuco (2,8%), Mato Grosso (1,9%), Espírito Santo (1,6%), Goiás (1,1%), Rio Grande do Sul (0,9%), Minas Gerais (0,6%) e Santa Catarina (0,3%).

Na terça-feira passada (3), o IBGE já tinha informado que a produção nacional teve variação nula no mês, após crescer 1,4% em maio. Para Bernardo Almeida, gerente da pesquisa hoje divulgada, a alta de maio aconteceu após alguma flexibilização das medidas de isolamento social em relação a abril, quando houve mais interrupções na cadeia produtiva causadas pela pandemia de covid-19. “Já o resultado de junho, mostrando estabilidade, demonstra mais realisticamente o ambiente em que se encontra a indústria nacional”, explicou.

O recuo de 5,7% no Paraná foi a principal influência negativa no indicador e o local com maior queda absoluta. O resultado em junho é também o mais intenso desde abril de 2020 (-27,1%), no auge do fechamento das unidades industriais por conta da pandemia.

Conforme a pesquisa, o índice de junho foi puxado pelo baixo desempenho dos setores de veículos e de derivados do petróleo. “Foi a terceira taxa negativa seguida para o estado do Sul, com perda acumulada de 10,2%”, informou o IBGE.

O Pará foi o outro local com maior recuo absoluto e representou a terceira principal influência no resultado geral. O setor de metalurgia foi a principal influência na queda no mês, mas os setores de celulose, papel e produtos de papel e o de produtos minerais não metálicos também contribuíram para a queda no Pará, que anotou a segunda taxa negativa seguida. No período, a perda acumulada é de 7,9% no Pará.

Com queda de 0,9%, atribuída principalmente ao setor de veículos, atividade mais forte do estado que é o maior parque industrial do país, São Paulo foi a segunda principal influência de retração no mês, embora se mantenha acima do patamar antes da pandemia. “O setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos também contribuiu, com desempenho abaixo”, afirmou o gerente da pesquisa.

Antes da pandemia

A pesquisa indicou, ainda, que, em junho, Minas Gerais (15,5%), Amazonas (9,4%), Santa Catarina (6,1%), Rio de Janeiro (4,2%) e São Paulo (3,4%) estão acima do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020.

De acordo com o IBGE, somente Minas Gerais se manteve acima do patamar desde que começou em julho de 2020 esta análise de comparação com o patamar pré-pandemia. São Paulo entrou em setembro e vem se mantendo.

Comparação anual

Em relação a junho do ano passado, quando houve crescimento nacional de 12%, dez dos 15 locais pesquisados tiveram alta. Em grande parte, segundo Bernardo Almeida, o resultado foi influenciado pela baixa base de comparação.

“Em junho de 2020, o setor industrial foi pressionado pelo aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de isolamento social por conta da pandemia de covid-19”, disse, destacando que junho de 2021 teve o mesmo número de dias úteis que junho de 2020 (21 dias).

Ainda na comparação, o Espírito Santo (34,3%) e o Ceará (31,1%) apresentaram as maiores altas. Amazonas (24%), Santa Catarina (23,2%), Minas Gerais (23,1%), Rio de Janeiro (15,3%), São Paulo (14,6%) e Rio Grande do Sul (13,4%) também tiveram avanços mais expressivos do que a média da indústria nacional. O Paraná (8,2%) e a Região Nordeste (3,5%) completam o conjunto de locais com aumento na produção em junho.

Já nos recuos o Pará (8%) e a Bahia (7,9%) apontaram as maiores quedas, seguidos por Mato Grosso (6,9%), Goiás (4,2%) e Pernambuco (2,7%).

Como é a pesquisa

Segundo o IBGE, desde a década de 1970, a pesquisa PIM Regional produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.

O estudo mostra, mensalmente, índices de 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também, para o Nordeste.


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