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Amazonas

Amazonas tem aumento de 64% em novos registros de casos de Covid em novembro

Fundação de Vigilância em Saúde relaciona alta com período chuvoso. Foram mais de 2 mil novos casos no mês, enquanto outubro registrou 1,3 mil.

O vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal - Foto: Divulgação

O vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal – Foto: DivulgaçãoO vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal – Foto: Divulgação

O Amazonas registrou um aumento de 64% nos novos casos de Covid-19 no mês de novembro, em comparação com o mês anterior. A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) relacionou a influência do período chuvoso com a alta. A informação é do g1 Amazonas.

Conforme boletins epidemiológicos da FVS, em outubro, 1.312 novos casos foram registrados. Em novembro, esse número saltou para 2.156.

Apesar do aumento de novos casos, o número de mortes registradas em novembro teve uma diminuição. Foram 47 novas mortes em outubro, contra 33 mortes registradas em novembro.

A FVS informou ao g1, em nota, que o período chuvoso que o estado enfrenta é sazonalidade para Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) e facilita a transmissão de vírus respiratórios, influenciando no aumento em casos de Covid-19.

“Durante o período chuvoso, as pessoas tendem a ficar mais tempo em locais fechados que podem resultar em aglomeração e ausência de distanciamento social. A FVS já emitiu o alerta por meio de nota técnica para as secretarias municipais de saúde reforçando a sensibilidade da vigilância na rede hospitalar para o aumento previsto de SRAG para esta época”, informou a FVS.

O epidemiologista Jesem Orellana informou que a alta de novos casos aponta que o vírus ainda está circulando entre a população e que é preciso ter cuidado para que não surja novas variantes.

“Os dados nos dizem que a situação não está totalmente controlada e que o jogo pode virar com uma variante que tenha características evolutivas que se adaptem a esse novo cenário. Uma quantidade grande de pessoas vacinadas, mas que ao mesmo tempo estão voltando a se expor de uma forma parecida com um comportamento antes da pandemia”, comentou Orellana.

Com este cenário, a orientação do epidemiologista é de que as autoridades mantenham as medidas de prevenção contra a Covid-19, mesmo com o avanço da vacinação, e que a população também continue a cumprir o uso de máscaras e distanciamento social.

“Os cuidados precisam ser reforçados, como o uso de máscaras, aglomerações, vacina e lembrar do principal de tudo. Vacina não faz milagre sozinha. Não sabemos até quando a vacina pode segurar essa conta da epidemia em Brasil, no Amazonas e em Manaus. Uma hora pode estourar essa bolha. Será que vai ser a ômicron? Será que vai ser outra variante?”, questionou.

Réveillon e Carnaval

Orellana comentou ainda que eventos como o réveillon e carnaval só deveriam ser realizados quando se tiver uma melhor noção das implicações práticas de vacinação, da evolução da epidemia e também da nova variante ômicron.

Na segunda-feira (29), o vereador Rodrigo Guedes (PSC) entrou com uma ação na Justiça pedindo o cancelamento de festas de fim de ano e do Carnaval em Manaus. O assunto gerou discussões na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

A ação ajuizada pelo vereador traz como justificativas uma possível nova onda da pandemia causada pela variante ômicron e o cancelamento do Réveillon e do Carnaval de 2022 em outras cidades do Brasil.

Em agosto, a Prefeitura de Manaus afirmou que grandes eventos, como Natal, réveillon, Carnaval, entre outros, só voltarão a ocorrer na cidade após 70% da população acima dos 18 anos receber as duas doses da vacina contra a Covid-19.

Em outubro, o governo informou que havia iniciado negociações com a Prefeitura de Manaus para a realização do réveillon e do Carnaval de 2022. Uma queda significativa nos números de casos, internações e óbitos em decorrência da doença seria o motivo para a realização, segundo o governador Wilson Lima.

No início do mês, a Prefeitura de Manaus anunciou que a festa de Réveillon em Manaus terá como atração nacional o cantor Luan Santana e os artistas do segmento gospel Fernandinho e Leonardo Gonçalves.

Mais de 160 mil pessoas ainda não se vacinaram
Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) apontaram que Manaus tem 160.323 mil pessoas sem nenhuma dose de vacina contra a Covid-19, nesta terça-feira (30). O número é preocupante devido a circulação da variante ômicron no mundo.

De acordo com o vacinômetro da Prefeitura de Manaus, 73,24% já foi imunizada com, pelo menos, a primeira dose da vacina.

Além disso, a capital do Amazonas também tem outro número preocupante: o número de atrasados para a segunda dose do imunizante. Segundo a Semsa, esse grupo tem 325.323 pessoas.

No entanto, o vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal, seja com a segunda dose da vacina ou a dose única da Janssen.

O número ainda não é o considerado ideal para iniciar flexibilizações, como, o uso de máscaras ou o fim do distanciamento social.


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