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Amazonas tem a maior taxa de roubo de celulares do País, aponta edição 2024 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública

70,8% dos casos de roubos de celulares no Estado foi em via pública o que coloca o Estado em primeiro lugar, também, em taxa de roubos a transeuntes em via pública.

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O Amazonas registrou a maior taxa de roubos de celulares em 2023 entre todos os Estados do País, segundo apontam os dados da edição 2024 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18/07). Nada menos que 70,8% dos casos de roubos de celulares no Estado foi em via pública o que coloca o Estado em primeiro lugar, também, em taxa de roubos a transeuntes em via pública.

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Manaus, com taxa de 2.096,3 roubos e furtos de celular para cada 100 mil habitantes, aparece no topo do ranking dos 50 municípios do País com população igual ou superior a 100 mil habitantes com maiores taxas de roubo e furto de celular.

O documento diz que os roubos e furtos de celulares são portas de entrada do crime organizado para o mundo virtual e peça-chave no crescimento do medo e da
insegurança da população.

De acordo com o Anuário, em 2023 houve um crescimento de 7,6% no número de roubos de celulares no Amazonas. Foram 26.733 em 2023 e 28.761 em 2024. A taxa por 100 mil habitantes no Estado passou de 678,2 para 729,7. O número de roubo geral a transeuntes cresceu 5,7%, de R$ 23.221 em 2022 para 24.546 em 2023. A taxa por 100 mil habitantes passou de 589,1 para 622,7 de um ano para o outro.

O documento diz que os roubos e furtos de celulares também parecem influenciados pelo baixo nível de letramento digital das vítimas e, em especial, pela baixa capacidade institucional do Estado, especialmente das polícias civis, em investigar as ocorrências e punir seus responsáveis. “Mais do que nunca, é importante que as forças de segurança pública coordenem esforços, a começar pela produção padronizada de dados e indicadores”, afirma.

Fonte: Análise produzida a partir dos microdados dos registros policiais e das Secretarias estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social. Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024

O roubo de celulares prevê o emprego de violência e a vítima é abordada por um criminoso armado que exige seu aparelho. A pena para este crime varia de 4 a 10 anos de prisão. O furto é quando o bem é subtraído sem qualquer tipo de agressão e a pena é menor, de 1 a 4 anos.

Segundo o Anuário, apenas em 2023, foram 937.294 ocorrências de roubo e furto de celular registradas em delegacias de todo o País, quase 2 celulares subtraídos por minuto. Em termos globais, o volume das ocorrências de roubo e furto de celular em 2023 apresentou redução de 4,7% em relação a 2022, “mas ainda no patamar de quase 1 milhão de registros e revelador da importância que os celulares ocupam na construção do medo e da insegurança da população”, diz o Anuário.

“Os dados aqui trazidos mostram que, com planejamento e integração, é possível reduzir o volume de registros – lembrando que só uma parte do que de fato ocorre é registrado – e diminuir o peso crescente que esta nova modalidade delituosa tem no fluxo financeiro das organizações criminosas. Se o Brasil quer que sua população não tenha na violência uma de suas principais preocupações, é preciso investir em estratégias que aumentem a efetividade das políticas de segurança pública voltadas ao enfrentamento dos crimes patrimoniais”, conclui o documento.


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